A Cruz Vermelha internacional deu neste sábado (31) as garantias de segurança para a operação de liberação de seis reféns sequestrados pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
Yves Heller, porta-voz da instituição internacional, disse para a rádio colombiana "Caracol" que o governo da Colômbia não vai fazer nenhuma operação militar por 36 horas, tudo para que o grupo possa ser resgatado.
Heller disse que o chefe do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Cristophe Beney, se reuniu com o ministro da Defesa colombiano Juan Manuel Santos na sexta-feira 93).
"Estas 36 horas é o tempo que precisamos para poder levar a cabo a missão humanitária", afirmou o porta-voz.
Heller disse ainda que as condições climáticas também poderão influenciar no processo de resgate. "Há uma preparação logística e a comissão sai hoje (sábado) do Brasil para um ponto X onde será feita a entrega dos reféns", disse ele, sem poder revelar onde será o local da entrega dos reféns. No Brasil, a equipe humanitária irá se encontrar no estado do Amazonas antes de partir para a Colômbia. O governo brasileiro também colaborará com helicópteros para o grupo.
"Claro que pode haver algum contratempo, mas a tendência é de que eles sejam entregues no domingo e cheguem (à Colômbia) um dia depois", completou.
O porta-voz afirmou ainda que não sabem quem serão os reféns que serão soltosSegundo informações divulgadas durante a semana, as Farc entregarão à missão humanitária dois políticos, três policiais e um soldado. São eles: Alan Jara, ex-governador do departamento (estado) de Meta, sequestrado em 2001; Sigifredo López, ex-deputado regional de Valle del Cauca, cativo desde 2002; e quatro integrantes das forças de segurança, cujos nomes não foram informados.
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