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O ministro da Defesa da Colômbia, Diego Molano (esq) e o procurador-geral Francisco Barbosa em entrevista coletiva em Bogotá, 22 de julho
O ministro da Defesa da Colômbia, Diego Molano (esq) e o procurador-geral Francisco Barbosa em entrevista coletiva em Bogotá, 22 de julho| Foto: EFE/EPA/ Ministério da Defesa da Colômbia

Um grupo de dissidentes das Farc, com a ajuda de um ex-capitão do Exército colombiano, elaborou e executou o ataque de 25 de junho contra o helicóptero do presidente Iván Duque na cidade de Cúcuta e outro realizado dez dias antes, com um carro-bomba, contra uma brigada do Exército. O ex-militar e nove guerrilheiros dissidentes foram detidos pelos dois atentados, disseram autoridades colombianas nesta quinta-feira (22).

O ministro da Defesa da Colômbia, Diego Molano, declarou que o caso demonstra como a ditadura venezuelana permite a operação de guerrilheiros em seu território.

O procurador-geral da Colômbia, Francisco Barbosa, declarou que "a pessoa que elaborou e executou o plano criminoso, Andrés Fernando Medina Rodríguez, é um capitão do Exército Nacional que foi licenciado por saúde há alguns anos".

No dia 25 de junho, seis tiros atingiram o helicóptero presidencial no qual viajavam Duque, dois ministros e alguns funcionários regionais, que saíram ilesos. No momento dos tiros, a aeronave se aproximava de Cúcuta, capital do estado de Santander, na fronteira com a Venezuela.

Dez dias antes, um carro-bomba explodiu na sede da Brigada 30 do Exército em Cúcuta, na qual havia militares dos Estados Unidos, e deixou 36 pessoas feridas.

Atentado planejado na Venezuela

O ministro da Defesa, Diego Molano, explicou que "esse atentado contra o presidente e contra a Brigada 30 foi planejado na Venezuela", motivo pelo qual pediu para a comunidade internacional refletir sobre como o regime do ditador venezuelano, Nicolás Maduro, continua "abrigando terroristas" que planejam ataques contra a "institucionalidade colombiana".

Andrés Fernando Medina Rodríguez, que o Ministério Público e o de Defesa consideram a mente por trás da tentativa de assassinato do presidente, é um militar de alta patente e piloto de helicópteros. Ele se aposentou em 2016, após 12 anos de serviço, segundo a imprensa local, que há alguns dias já vinha relacionando o nome do ex-militar com o atentado.

O ex-militar colombiano teria ajudado um grupo de dissidentes das Farc, chamado Frente 33, a elaborar executar o plano, acusou o procurador-geral Francisco Barbosa, citando "material de prova e evidência técnica". Barbosa afirmou que o grupo é liderado pelo guerrilheiro conhecido como "Jhon Mechas" e se refugia na Venezuela.

Entretanto, as autoridades não se referiram aos vínculos que levaram o ex-capitão aos dissidentes das Farc ou os motivos por trás dos dois ataques.

Os detidos

"Como resultado deste trabalho de investigação, dez pessoas foram capturadas, membros desta organização em diferentes zonas do país: em Cúcuta, Zulia e no povoado de La Gabarra, em Tibú, Norte de Santander", disse Barbosa, ao acrescentar que os detidos estão em prisão provisória desde a quarta-feira.

Os detidos foram identificados como Joaquín Medina Duarte, também conhecido como "Joaquín"; Andrés Fernando Medina Rodríguez, "El Capi"; e Ciro Alfonso Gutiérrez Ballesteros, "Ciro"; que foram acusados pelos crimes de terrorismo agravado, tentativa de homicídio agravado e conspiração agravada para cometer um crime por participarem do ataque contra a brigada.

Também foram acusados de conspiração criminosa pelo atentado com carro-bomba Édison Durán Ascanio, "Ascanio"; Vladimir Acosta Pérez, "Yimmy"; Fredy Esteban Maldonado Torrado, "Pancho"; Jhon Freddy Lizarazo Rodríguez, "El Flaco" ou "Miguel"; e Geraldine Fiayo Torrado, "Geraldine".

Pelo ataque contra Duque, que contou com a participação de "El Capi", "Ascanio" e "Miguel", também foram detidos Yeison Herminio Bernal Rincón, suposto motorista do táxi que levou os atiradores ao local dos tiros, e Yeferson Román Gamboa, a quem é atribuído o apoio logístico.

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