O presidente da Colômbia, Iván Duque, anunciou nesta terça-feira (29) novas medidas de segurança para Bogotá, que incluem a chegada de 120 agentes de inteligência, após o ataque terrorista cometido no último sábado, no qual morreram um menino de 12 anos e uma menina de cinco.
Depois de prestar um minuto de silêncio “pelas crianças vítimas deste ataque demente”, perpetrado por dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Duque, que chefiava um conselho de segurança, disse que “a Colômbia está unida contra o terrorismo”.
“Como resultado desses atos covardes e desprezíveis, temos 120 homens da polícia com capacidade de inteligência e investigação criminal para que possamos encontrar os responsáveis por esses atos e possamos avançar para seu rápido julgamento”, destacou o chefe de Estado colombiano.
O conselho de segurança também contou com a presença dos ministros da Defesa, Diego Molano, e do Interior, Daniel Palacios; bem como do governador de Cundinamarca, Nicolás García; da prefeita de Bogotá, Claudia López; e do prefeito de Soacha, Juan Carlos Saldarriaga.
Duque explicou que entre as ações que serão tomadas está a criação de um “comitê conjunto de combate às ameaças terroristas, que será realizado periodicamente na cidade de Bogotá para avaliar semanalmente os golpes às estruturas criminosas”.
Além disso, “será criada uma célula especial na unidade de análise financeira para monitorar as movimentações de dinheiro que poderia ser utilizado para a realização de atentados”, uma vez que “a hipótese central que tem sido investigada (sobre o último ataque) é o modelo de subcontratação criminosa”.
Duque indicou ainda que logo será atualizada a lista dos mais procurados por terrorismo e homicídio no país, assim como a recompensa para um homem conhecido como John Mechas, chefe da 33ª frente de dissidentes das Farc.
“Vamos atrás desse bandido onde quer que ele esteja”, prometeu o presidente colombiano. “O terrorismo deve ser combatido, a 33ª frente será desmantelada”, acrescentou.
A 33ª Frente de dissidentes das Farc, que atua em Catatumbo, na fronteira com a Venezuela, e é comandada por John Mechas, reivindicou a autoria do ataque do último sábado contra uma delegacia no sul de Bogotá, no qual morreram as duas crianças. Além dos dois menores mortos, a explosão deixou 35 pessoas feridas.