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Um importante dirigente da guerrilha Farc, acusado de ordenar atentados contra empresas de Bogotá como forma de extorsão e de participar em dezenas de ataques, morreu durante combate com o Exército, disseram autoridades colombianas nesta segunda-feira (2).

José de Jesús Guzmán, o "Gaitán", teria morrido em um confronto com a 13ª Brigada do Exército no município de Gutiérrez, Departamento de Cundinamarca.

O comandante do Exército, general Oscar González, disse que a morte de "Gaitán" é resultado de uma ofensiva iniciada na semana passada na região conhecida como Páramo de Sumapaz. A operação, de acordo com o militar, já resultou na morte de 10 rebeldes e na prisão de outros 11, inclusive um acusado pelo sequestro e morte de um empresário japonês.

"Gaitán", de 59 anos, é acusado de ter sido o mentor da explosão no final de janeiro em uma loja da rede norte-americana de videolocadoras Blockbuster, que deixou dois mortos na zona norte de Bogotá, e de outros dois ataques contra a mesma rede em 2008, segundo o general.

O Exército afirma que o comandante morto também ordenou ataques com explosivos contra várias empresas, inclusive um supermercado da rede Carrefour, distribuidoras de carnes e empresas de transportes, como parte de uma estratégia para pressionar os empresários a pagarem extorsões.

O ministro da Defesa, Juan Manuel Santos, disse que Guzmán, que militou mais de 26 anos na guerrilha, era um dos homens de maior confiança de Jorge Briceño, o "Mono Jojoy", chefe militar das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

Entre 1998 e 2005, ele teria participado de ataques a povoados e quartéis do Exército e da polícia. Em um deles, em meados de 2005, perto da fronteira com o Equador, 25 soldados morreram.

O general González disse que Guzmán pretendia intensificar os ataques em Bogotá nas próximas semanas, inclusive com atentados contra políticos, veículos de comunicação e empresas.

Nos últimos anos, importantes líderes das Farc foram mortos em combate. Além disso, milhares de combatentes desertaram, e o fundador da guerrilha, Manuel Marulanda, morreu.

Mesmo assim, a guerrilha mantém sua capacidade de realizar ataques e continua presente em regiões consideradas estratégicas para a produção e tráfico de cocaína, principal fonte de financiamento da guerrilha, de acordo com o governo.

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