O governo colombiano confirmou nesta quinta-feira a decisão de dar por encerrada a mediação do presidente venezuelano, Hugo Chávez, para uma troca na Colômbia de reféns em poder da guerrilha por rebeldes presos, ao mesmo tempo em que - anunciou - continuará buscando o intercâmbio por um caminho mais "discreto".

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"Preferimos a discrição, o trabalho interno e persistente porque a libertação de todos os seqüestrados e a conquista de solução humanitária e definitiva é objetivo central do governo", afirmou o alto comissário da Paz, Luis Carlos Restrepo, em entrevista à imprensa.

"Quero ressaltar que a decisão tomada pelo presidente da República (Alvaro Uribe) em nenhum momento deve ser entendida por familiares ou a opinião pública como mudança em nosso propósito para conseguir a libertação dos seqüestrados", acrescentou.

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O governo colombiano citou nesta quinta-feira as "falhas no método" de mediação do presidente Chávez, entre elas a "falta" de discrição nos diálogos para a troca de reféns em poder das FARC.

"Hoje conversei com o chanceler venezuelano Nicolás Maduro e expliquei a ele nosso ponto de vista; sobre como esse esforço conjunto havia falhado", afirmou o comissionado de paz, Luis Carlos Restrepo.

Restrepo afirmou que deixou claro que "em muitas ocasiões não se teve a precaução necessária para lidar com o assunto com a discrição devida".

"O presidente Chávez se comprometeu e podemos constatar seu esforço, mas reitero o comunicado do presidente Uribe (Colômbia) que é muito claro, muito preciso", afirmou.

Na noite de quarta-feira, Uribe encerrou abruptamente a mediação de Chávez, iniciada no dia 31 de agosto a pedido de Bogotá, devido a uma ligação realizada pelo presidente venezuelano ao comandante do Exército colombiano, general Mario Montoya, para interrogá-lo sobre os seqüestrados das FARC. O fato representou um desrespeito às regras estabelecidas - a proibição de que o mediador entrasse em contato com o Exército colombiano.

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