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A Colômbia descartou nesta segunda-feira a possibilidade de submeter ao Congresso e à Corte Constitucional do país o acordo de cooperação militar com os Estados Unidos, como recomendou um tribunal.

O presidente colombiano, Alvaro Uribe, está disposto a assinar um acordo que dá aos Estados Unidos o acesso a sete instalações militares na Colômbia para lançar operações contra o narcotráfico e a guerrilha.

O acordo causou polêmica na região, depois que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou que se trata de um plano dos EUA para invadir seu país e frear sua revolução bolivariana.

Às vozes de protesto de Chávez somaram-se às dos presidentes da Bolívia, Evo Morales, e da Nicarágua, Daniel Ortega, enquanto o tema foi debatido na União de Nações Sul-Americanas (Unasul).

"Cumprem-se e foram cumpridos todos os requisitos, não há necessidade de levá-lo ao Congresso, tampouco era requisito aprová-lo pelo Conselho de Estado para consultas sobre o tráfego de tropas porque aqui não há tráfego de tropas", disse a jornalistas o chanceler Jaime Bermúdez.

O Conselho de Estado emitiu na semana passada um parecer sobre o acordo de cooperação militar da Colômbia com os EUA. Embora o parecer do tribunal tenha caráter reservado, a imprensa informou que foi feita uma recomendação ao governo para submeter o acordo militar ao Congresso e à Corte Constitucional.

Funcionários do governo colombiano explicaram que levar o acordo militar ao Congresso nos meses que antecedem as eleições legislativas e presidencial atrasaria sua análise e aprovação, o que deixaria no limbo a cooperação entre Bogotá e Washington.

Os EUA são o principal aliado da Colômbia na luta contra o narcotráfico e a guerrilha, e Uribe se tornou um importante aliado do governo de Washington na América Latina.

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