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Tensão diplomatica

Colômbia diz que tentará manter relação comercial com Venezuela

A Colômbia disse na quarta-feira que irá tentar manter o fluxo comercial com a Venezuela, seu segundo maior parceiro comercial, apesar do congelamento das relações decidido pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez.

Chávez disse na terça-feira que irá retirar seu embaixador de Bogotá, após dias de acusações mútuas sobre uma possível concentração de tropas dos EUA na Colômbia e de fornecimento de armas de Caracas para rebeldes esquerdistas.

O rompimento preocupa os exportadores colombianos, já afetados pela valorização do peso local. Nos primeiros cinco meses do ano, a Colômbia exportou um total de 2,25 bilhões de dólares para a Venezuela.

"Trabalharei com meus homólogos venezuelanos e com os setores privados de ambos os países para que nossa relação comercial não seja afetada por problemas políticos", disse o ministro colombiano da Agricultura, Andrés Fernández, a uma rádio local.

O presidente colombiano, Álvaro Uribe, deve anunciar ainda na quarta-feira uma resposta à decisão de Chávez.

Líderes de esquerda da região andina, entre eles Chávez, afirmam que Uribe ameaça seus vizinhos ao negociar um plano que aumentaria a presença militar dos EUA na Colômbia.

Em 2008, Chávez enviou tanques para a fronteira com a Colômbia depois de Bogotá bombardear um acampamento rebelde no vizinho Equador. A Colômbia há muito se queixa de que Caracas e Quito não se empenham suficientemente em combater os insurgentes.

"Tivemos situações semelhantes no passado, e o comércio continuou crescendo", disse o ministro colombiano do Comércio, Luis Guillermo Plata, na quarta-feira a jornalistas.

A Colômbia já recebeu bilhões de dólares em ajuda militar destinada a combater a guerrilha Farc e os traficantes de cocaína que financiam os insurgentes.

Bogotá disse na segunda-feira que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) haviam obtido foguetes que a Venezuela comprara na Europa. A Venezuela nega a denúncia, acusando a Colômbia de usar isso para justificar o futuro acordo militar com os EUA, a ser assinado em agosto.

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