Comércio será reavaliado, afirma vice de Chávez
O vice-presidente da Venezuela, Ramón Carrizalez, descartou ontem o fechamento da fronteira com a Colômbia, após o governo venezuelano ter anunciado na terça-feira que congelará suas relações com o país vizinho.
Bogotá - A Colômbia disse ontem que a Venezuela já havia sido informada "de maneira discreta" da apreensão de seus lança-foguetes com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) no último dia 2 de junho. A cobrança pública pelo episódio motivou o "congelamento das relações anunciado ontem pelo presidente Hugo Chávez.
Já Caracas rejeitou mais uma vez ter fornecido os artefatos, fabricados na Suécia, e atribuiu a obtenção do armamento pelas Farc ao "transbordamento do conflito colombiano para o outro lado da fronteira.
O vice-presidente Ramón Carrizález sugeriu que os lança-foguetes foram obtidos pelo grupo em assaltos a postos militares venezuelanos. Ele citou uma ação específica, ocorrida em 1995 os lança-foguetes foram comprados em 1988. "Quando ocorreu o caso (do ataque a um posto militar na cidade fronteiriça de) Cararabo, houve uma lista de equipamentos que se perderam, que inclui granadas, lança-foguetes.
"É preciso ser bem cínico e cara de pau para sair acusando o governo venezuelano por terem aparecido (com as Farc) umas granadas que possuíamos. O correto deveria ter sido nos informar se se encontrou algum material desse tipo para que tomássemos as providências necessárias, disse.
Em nota, Bogotá disse, porém, que a apreensão dos três AT-4 em outubro de 2008 só foi tornada pública nos últimos dias devido ao fato de a Venezuela "não ter dado resposta alguma" após informada.
O "comunicado" teria sido feito pelo chanceler colombiano, Jaime Bermúdez, ao homólogo venezuelano, Nicolás Maduro, na última cúpula da Organização dos Estados Americanos, em Honduras.
Bermúdez teria avisado seu colega ainda da informação, dada por dois líderes das Farc, de que três altos funcionários venezuelanos estariam envolvidos no repasse das armas à guerrilha contrariando a afirmação de Carrizález de que o material pode ter sido roubado.
OEA
O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, fez ontem um apelo ao presidente Chávez para que não aplique medidas contra a Colômbia e recorra ao diálogo para resolver as diferenças. Insulza lamentou o fato de que, na América Latina, "ao menor problema os embaixadores são retirados".
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