O governo da Colômbia e as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) anunciaram neste sábado (7) um acordo para retirar as minas terrestres das áreas de combate, em meio às negociações de paz realizadas em Cuba.

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Em entrevista coletiva em Havana, as duas equipes de negociadores informaram que a intenção é “avançar na construção da confiança e contribuir para gerar condições de segurança aos moradores em áreas de risco pela presença das minas”.

O negociador-chefe do governo, Humberto de la Calle, disse que o trabalho será conjunto supervisionado pela Noruega. “A proposta de retirada de minas é um primeiro passo, mas um passo gigante rumo à paz. Isto é uma prova de que estamos trabalhando na direção correta”, afirmou.

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Com este “novo e decisivo” passo, insistiu De la Calle, as delegações de paz do governo e da guerrilha, reunidas em Havana desde novembro de 2012, conquistam maior “confiança” para pôr fim ao conflito armado que já dura mais de 50 anos.

Por sua parte, o chefe negociador das Farc, Luciano Marín Arango, conhecido como “Ivan Márquez”, declarou que hoje é “um dia memorável” para o processo de paz.

“Vamos por um bom caminho”, comentou “Márquez”, ao ressaltar que as partes negociadoras entregaram à Colômbia “um acordo humanitário” que contribuirá ao fim do conflito.

Presidente

O otimismo também foi compartilhado pelo presidente Juan Manuel Santos. “É um passo importantíssimo, porque era um passo necessário, como demonstração de que vamos no caminho correto para pôr fim a um conflito que nos dessangrou durante mais de 50 anos”.

A estimativa é que mais da metade dos municípios colombianos tem campos minados. Esse tipo de armamento deixou mais de 11 mil vítimas, entre mortos e feridos, tornando a Colômbia o terceiro país mais afetado do mundo pelo problema, atrás apenas de Afeganistão e Camboja.

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