O governo da Colômbia e o grupo guerrilheiro Exército de Libertação Nacional (ELN) firmaram na quinta-feira em Havana as bases para uma futura negociação de paz.
Ainda não estava claro quando as negociações terão efetivamente início. ``Conseguimos avançar no desenho do processo, estabelecendo os eixos estruturais para um acordo de base: ambiente para a paz e participação da sociedade'', disse um comunicado assinado e divulgado pelo alto comissário para a paz na Colômbia, Luis Carlos Restrepo, e pelo chefe militar da ELN, Antonio García.
``As reuniões avançaram num clima de diálogo construtivo e maturidade política, que permitiu situar com clareza pontos em comum e tratar as diferenças com respeito mútuo'', disse o comunicado.
Observadores da sociedade civil colombiana disseram à Reuters que o acordo de base equivale ao início das negociações formais de paz.
``Eles não vão admitir diretamente, mas é assim: se tem quatro patas e caça ratos, é um gato'', disse um dos observadores que acompanha as negociações de paz.
As três primeiras rodadas de contatos, que tiveram início em dezembro de 2005, não produziram resultados.
A ELN é a segunda maior guerrilha esquerdista da Colômbia, atrás apenas das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), e contam com cerca de 5.000 integrantes, a metade deles armada.
As autoridades colombianas e a ELN realizaram a quarta rodada de negociações entre os dias 20 e 26 de outubro, em Havana.
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