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A denúncia da Colômbia na Organização dos Estados Americanos (OEA) de que 1.500 guerrilheiros estão em território venezuelano provocou a fúria do embaixador do país vizinho, Roy Chaderton, que as qualificou de "mentirosas", "parte de uma montagem", "circo para a imprensa" e "fantasias garciamarquianas".

Logo na abertura da sessão extraordinária da OEA, o embaixador da Colômbia, Luís Alfonso Hoyos, apresentou documentos, mapas, fotos e vídeos para justificar a denúncia e pediu a formação de uma comissão de investigação a ser integrada por membros da Organização das Nações Unidas (ONU), da OEA e da imprensa. A reunião foi marcado por insultos mútuos.

Segundo Hoyos, os guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e do Exército de Libertação Nacional (ELN) vivem há anos em acampamentos em Zulia, sob proteção da Venezuela. "O governo venezuelano deve impedir a presença de grupos terroristas em seu território, onde não são atacados nem perseguidos como deveriam e de onde lançam ataques contra a Colômbia", afirmou.

"Não existe nenhuma prova. Essas fotos foram tiradas não sei de onde", rebateu Chaderton, referindo-se às imagens de supostos guerrilheiros - incluindo um líder de frente, conhecido como "Pablito" - tomando cerveja em uma praia venezuelana. "Tenho dúvidas pela cor da areia. Parece mais com a praia de Santa Marta, na Colômbia. Tenho dúvida também sobre a garrafa de cerveja, que não parece a (venezuelana) Polar, mas uma colombiana", completou.

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