O vice-chanceler da Colômbia, Jorge Rojas Rodríguez, disse que o governo de Gustavo Petro vai enviar o embaixador colombiano na Venezuela para a posse de Maduro em 10 de janeiro| Foto: EFE/Javier Lizón
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O vice-ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Jorge Rojas Rodríguez, disse que o governo do presidente Gustavo Petro vai mandar um representante para a posse do ditador Nicolás Maduro na Assembleia Nacional da Venezuela, em 10 de janeiro – na prática, reconhecendo o resultado fraudado da eleição presidencial de julho.

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“O governo da Colômbia e muitos outros governos da região vão enviar algum representante para a posse do presidente Maduro. No nosso caso, inicialmente, está prevista a presença do embaixador colombiano na Venezuela, Milton Rengifo”, ​​afirmou Rodríguez, em entrevista ao site Noticias Caracol.

O vice-chanceler, entretanto, afirmou que Petro está “avaliando a situação” para decidir se envia outro funcionário.

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No fim de semana, o ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Luis Gilberto Murillo, havia dito que Petro provavelmente não compareceria à posse de Maduro, porque, “se não há atas [de votação da eleição presidencial na Venezuela], não há reconhecimento”.

Também no fim de semana, a líder da oposição da Venezuela, María Corina Machado, havia convidado Petro para a posse do candidato da sua coalizão, Edmundo González, na mesma data.

Rodríguez foi perguntado sobre o convite de Machado e disse que este “não foi contemplado”. Porém, alegou que a Colômbia tem “diálogo com a oposição venezuelana”.

“A Colômbia quer o diálogo para a paz política na Venezuela e no dia 10 de janeiro haverá uma posse, e estamos avaliando, dentro do governo nacional, a situação”, afirmou o vice-chanceler.

Embora o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, dominado pelo chavismo, sustente que Maduro venceu González na eleição presidencial de julho, a oposição divulgou num site cópias de mais de 80% das atas de votação que comprovam que seu candidato obteve a vitória.

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González está desde setembro na Espanha, onde se asilou após a Justiça chavista ter ordenado sua prisão, mas tem afirmado que voltará à Venezuela para tomar posse em 10 de janeiro. O chavismo disse que ele será preso se retornar ao país.

Ao contrário de outros países, como Estados Unidos e Argentina, que reconheceram González como vencedor da eleição presidencial, os governos do Brasil, México e Colômbia vinham cobrando que fossem divulgadas as atas de votação do pleito para que tomassem uma posição sobre qual presidente vão reconhecer.