
A Colômbia extraditou para os Estados Unidos, nesta quinta-feira (5), um ex-chefe paramilitar acusado de tráfico de drogas, irritando as famílias de vítimas de milícias que dizem que centenas de assassinatos e sequestros ficarão impunes.
Ever Veloza, que admitiu envolvimento em cerca de 3.000 mortes na Colômbia, embarcou em avião da agência anti-drogas dos Estados Unidos (DEA, na sigla em inglês), sob forte esquema de segurança, algemado e vestindo colete à prova de bala, de acordo com a imprensa local.
"Ele foi entregue aos agentes do DEA que o levaram de avião para os EUA para que ele possa enfrentar o tribunal federal", disse um porta-voz da polícia.
A extradição de Veloza, também conhecido como "HH", ocorreu um dia após outro suspeito de ligações com paramilitares e um dos mais procurados da Colômbia ter sido levado para Miami para responder a processos por tráfico de cocaína e lavagem de dinheiro.
O presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, tem sido um aliado fiel dos esforços dos EUA na luta contra o tráfico no maior produtor de cocaína do mundo e enviou 700 suspeitos para serem julgados nos EUA desde sua posse, em 2002.
Alguns líderes do tráfico e ex-líderes paramilitares continuam a dirigir as operações de suas celas em prisões na Colômbia e temem a extradição para os EUA, uma das principais armas de Uribe em sua política de segurança.