A Colômbia superou os 10 mil hectares de plantação de coca fumigados com produtos químicos na fronteira com o Equador, uma atividade que provocou uma crise diplomática ainda em aberto entre os dois países, disse a polícia na quarta-feira.
O general Jorge Alirio Barón, diretor da polícia antidrogas, disse que ainda faltam destruir cerca de 3.000 hectares.
``Chegamos a 10.128 hectares aspergidos na fronteira com o vizinho Equador. Muito seguramente, vamos passar dessa cifra, porque as operações sobre o terreno já indicam que existem novas semeaduras'', disse o general a jornalistas, acrescentando que as novas lavouras serão destruídas nos próximos dias.
Depois de um ano sem jogar herbicida sobre uma faixa de dez quilômetros junto à fronteira com o Equador, a Colômbia retomou essa atividade em 11 de dezembro. O Equador retirou seu embaixador de Bogotá, e o presidente eleito, Rafael Correa, suspendeu uma visita à Colômbia, protestando contra supostos efeitos nocivos da fumigação sobre a população, a agricultura e o meio ambiente no lado equatoriano da fronteira.
Apesar da pressão, o governo da Colômbia, que conta com forte apoio financeiro dos EUA para combater guerrilhas esquerdistas e narcotraficantes, manteve a ordem de fumigar os cultivos de coca detectados ao longo dos 586 quilômetros de fronteira. O governo de Álvaro Uribe assegura com base em estudos científicos, um deles da OEA, que o herbicida não provoca danos colaterais.
Devido à crise, Uribe ainda não confirmou se assistirá à posse de Correa, no dia 15. A polícia colombiana disse recentemente haver cultivos de coca no lado equatoriano da fronteira. Também há suspeitas de presença de guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) no território equatoriano.
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