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O governo da Colômbia ofereceu-se na sexta-feira a extraditar para os Estados Unidos o ex-comandante paramilitar Carlos Mario Jiménez, o "Macaco", depois de tê-lo excluído do acordo de paz sob a acusação de violar seus compromissos e de continuar dirigindo o narcotráfico desde a prisão.

"Macaco" pertencia ao Bloco Central Bolívar das Autodefesas Unidas da Colômbia, e esteve à frente de um temido exército irregular de mais de 5.000 integrantes, responsável por massacres e pelo narcotráfico, entre outros crimes.

A negociação entre o governo do presidente Alvaro Uribe e os paramilitares foi fortemente criticada por excesso de leniência. É a primeira vez no processo que são retirados os benefícios judiciais concedidos a um dos líderes desses grupos, que foram submetidos a penas máximas de oito anos de prisão.

"Com base em investigações realizadas pelas agências oficiais, o governo chegou à conclusão de que Carlos Mario Jiménez, conhecido como 'Macaco', continuou realizando atividades ilícitas posteriormente a sua desmobilização", disse uma nota oficial.

"O governo, em consequência, decidiu retirar Carlos Mario Jiménez da lista de postulados da lei de justiça e paz e solicitar ao Ministério Público Federal a transferência de seu caso à Justiça comum", afirmou o texto.

"Além disso, foi determinada sua prisão no estabelecimento penitenciário de segurança máxima em Cómbita." A prisão costuma receber pessoas em processo de extradição para os EUA.

Embora ele ainda não esteja em processo de extradição, o governo colombiano já adiantou que a tramitação começará se houver um pedido.

Se Washington não solicitar a extradição, "Macaco" pode pegar até 60 anos de prisão na Justiça colombiana.

Apesar da decisão do governo, o ex-chefe paramilitar Francisco Javier Zuluaga disse na prisão de Itaguí que os ex-comandantes dos esquadrões continuam comprometidos com o processo de paz, que permitiu a desmobilização de mais de 31 mil combatentes.

Os paramilitares surgiram na década de 1980, financiados por proprietários de terra e narcotraficantes para combater a guerrilha esquerdista.

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