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Colômbia: oposição sugere que anistia a guerrilheiros seja revista no acordo de paz

Ex-presidente colombiano Álvaro Uribe agora é personagem importante para o desenrolar do acordo | Raul Arboleda/AFP
Ex-presidente colombiano Álvaro Uribe agora é personagem importante para o desenrolar do acordo (Foto: Raul Arboleda/AFP)

Principal nome contrário ao acordo de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), o ex-presidente colombiano Álvaro Uribe antecipou na segunda-feira (3) três propostas que ele deseja renegociar com a guerrilha.

A derrota do pacto no referendo de domingo (2) forçou o presidente Juan Manuel Santos a abrir o diálogo com a oposição. Representantes do governo e do partido de Uribe devem se reunir pela primeira vez nesta terça-feira para tentar salvar o acordo.

Anistia aos guerrilheiros, proteção efetiva para as Farc e alívio judicial para as Forças Armadas foram os três primeiros temas que o ex-presidente colocou sobre a mesa de negociações.

Uribe, que vinha criticando a “impunidade” do acordo assinado entre o governo e as Farc na última segunda-feira, surpreendeu ao defender a anistia para os membros da guerrilha que não tenham cometido crimes hediondos.

Outra medida proposta por ele no plenário do Senado foi garantir “proteção efetiva” para as Farc e que se consolide “um estatuto de não violência imediata”.

“Acreditamos que este é um passo necessário. Que sejam dadas proteções efetivas para as Farc e uma garantia ao país de que não haverá violência”, disse ele.

A terceira proposta inclui alívio judicial aos membros das Forças Armadas que enfrentam problemas legais por causa do conflito armado.

Um dia após o frustrante resultado do referendo, o governo colombiano já começou a avaliar os próximos passos para selar de vez a questão. O presidente Santos, que no domingo (2) anunciou com ênfase que não se renderá em sua luta pela paz, convocou uma reunião com todas as forças políticas. As Farc, representada por seu líder máximo, Timochenko, também se mostraram dispostas a discutir outros caminhos.

Mas, a questão agora é o que acontecerá com o acordo assinado em Cartagena – que levou quatro anos para fechado.

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