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O governo colombiano pediu o comparecimento massivo da população nas eleições legislativas de domingo (14) como uma expressão de rejeição à violência, em eleições que colocarão à prova a força da coalizão no poder.

Cerca de 29,8 milhões de eleitores estão habilitados para renovar os 102 assentos no senado e outros 166 na Câmara dos Deputados, em eleições historicamente caracterizadas pela abstenção, mas que nesta ocasião influenciarão as futuras alianças políticas para a eleição presidencial.

"As eleições são a expressão mais pura da democracia e por isso é essencial que seu resultado seja a vontade inequívoca dos cidadãos. Para conseguir isso, a primeira coisa que peço... é o comparecimento massivo às urnas", disse à Reuters o ministro do Interior, Fabio Valencia.

Depois da fracasso no tribunal constitucional que deixou o presidente Alvaro Uribe inabilitado para ser candidato e buscar uma segunda reeleição imediata ao declarar ilegal um referendo, os partidos e movimentos políticos de sua coalizão tentarão manter a maioria no congresso.

Uma vitória das forças uribistas, lideradas pelo Partido da U, deixariam uma boa posição ao ministro de Defesa Juan Manuel Santos para buscar alianças e receber um respaldo sólido para as eleições presidenciais de 30 de maio, nas quais tenciona sair como o sucessor de Uribe e dar continuidade a suas políticas.

Mas um enfraquecimento na coalizão, com a perda de maioria no Senado e Câmara, abriria espaço para o triunfo de um candidato independente ou de oposição, segundo analistas.

Nas eleições legislativas de 2006 foram descobertas alianças de políticos com antigos esquadrões paramilitares de ultra-direita que financiaram suas candidaturas entre os habitantes das regiões que controlavam, o que provocou a saída de aproximadamente 30 parlamentares.

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