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A Colômbia quer que o Brasil dê apoio logístico para que as Farc libertem nos próximos dias dois militares sequestrados, disse uma ex-refém na terça-feira.

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), a Igreja Católica, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha e a senadora oposicionista Piedad Córdoba devem propor e definir o país facilitador para a entrega dos reféns.

"O presidente (da Colômbia, Alvaro Uribe) diz que o Brasil tem toda a confiança, que espera que se concretizem esses fatos para poder definir a data (da libertação)", disse a jornalistas Consuelo Perdomo, libertada pela guerrilha em janeiro de 2008.

O governo brasileiro ofereceu os helicópteros e tripulantes que no começo deste ano recolheram em três pontos da selva colombiana quatro militares e dois políticos, que passaram anos como reféns.

Perdomo, que depois de sete anos de cativeiro foi entregue a uma missão humanitária organizada pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e agora pretende ser candidata a parlamentar na eleição de 2010, se reuniu com Uribe.

Ela afirmou que o governo espera que as Farc cumpram a oferta feita em abril, rompam seu silêncio e informem a data da entrega do suboficial Pablo Emilio Moncayo e do soldado Josué Daniel Calvo, bem como dos restos mortais do oficial de polícia Julián Ernesto Guevara, que morreu no cativeiro.

Uribe inicialmente exigia a entrega unilateral de 24 militares reféns das Farc - os quais a guerrilha gostaria de trocar por centenas de guerrilheiros presos.

Na opinião do governo, a guerrilha espera, libertando gradualmente os reféns, obter espaço político com vistas à eleição de 2010 e limpar sua imagem perante o mundo.

Uribe mudou de posição e meses depois autorizou a senadora Córdoba, a Igreja e a Cruz Vermelha a formarem uma missão humanitária para receber os dois reféns e os restos mortais de Guevara.

Moncayo, no cativeiro há quase 12 anos, é um dos reféns mais antigos nesta guerra civil. Seu pai, o professor Gustavo Moncayo, tem realizado passeatas para exigir sua libertação.

Córdoba, que com a ajuda do Brasil recebeu seis reféns em fevereiro, disse acreditar que a logística possa ser acelerada e que os dois reféns voltem logo para casa.

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