O governo da Colômbia sugeriu nesta terça-feira às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) que sejam realizados encontros em um pequeno vilarejo para negociar a libertação de 63 pessoas seqüestradas pelo grupo armado esquerdista.

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Os reféns seriam trocados por milhares de rebeldes presos.

Mas a proposta, feita pelo governo do presidente Alvaro Uribe por intermédio do alto comissário colombiano para a paz, Luis Carlos Restrepo, não citou a retirada das Forças Armadas da região do encontro, uma exigência feita pela guerrilha.

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- O governo sugere o vilarejo de Aures, no município de Caicedonia, como lugar de encontro para avançar no diálogo com as Farc sobre o tema do acordo humanitário - afirmou Restrepo.

- Segundo instruções do senhor presidente, devo dizer que tenho disponibilidade imediata para o encontro com as Farc a fim de tratar do tema- acrescentou.

O local sugerido para o encontro é um pequeno vilarejo com 22 casas e cerca de cem habitantes, localizado nos Andes colombianos, cerca de 200 quilômetros a sudoeste de Bogotá.

As Farc ainda não responderam à proposta. O grupo é a maior guerrilha do país, contando com cerca de 17 mil integrantes. Na semana passada, a guerrilha insistiu que o governo retire suas forças dos povoados do sudoeste a fim de negociar um acordo.

No fim de 2004, as Farc rejeitaram a oferta do governo de realizar um encontro na Nunciatura Apostólica de Bogotá. O grupo condicionou a entrega dos reféns que mantê m sob seu poder libertação dos rebeldes detidos em prisões do governo.

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Entre os reféns estão a ex-candidata à Presidência Ingrid Betancourt, três americanos, um ex-ministro, um ex-governador, 12 ex-deputados estaduais e vários membros das Forças Armadas. Alguns dos reféns foram capturados há sete anos.