A Colômbia registra 58.838 pessoas infectadas pelo vírus do zika, dos quais 10.812 correspondem a mulheres grávidas, superado o pico epidêmico do vírus, registrado em fevereiro, informou neste sábado o Instituto Nacional de Saúde (INS).
Segundo o último boletim epidemiológico, na semana entre 13 e 19 de março se notificaram “seis novos casos confirmados e 3.108 suspeitos por clínica”.
No total, a Colômbia relata 58.838 casos de zika desde o início da circulação do vírus, dos quais 2.361 foram confirmados por laboratório e 56.477 suspeitos por clínica.
A comunidade científica, que continua investigando as consequências e complicações da infecção por zika, suspeita da relação desse vírus com alterações neurológicas.
Na Colômbia, foram confirmadas 997 mulheres grávidas infectadas com zika, às quais se somam 9.815 casos suspeitos. Se trata de um grupo populacional vulnerável pelas suspeitas de que o vírus provoque microcefalia no feto.
Desde o começo da epidemia até 19 de março, 50 bebês nasceram vivos com essa malformação congênita irreversível.
No país foram notificado 381 casos de síndromes neurológicas com antecedentes compatíveis com infecção por zika. Desses, 258 manifestaram a Síndrome Guillain-Barré (SGB).
Segundo o INS, “se observa uma correspondência no comportamento da notificação de casos de SGB e a curva de notificação de casos de morte por zika”.
O boletim também destacou um aumento de casos de paralisia flácida aguda em menores de 15 anos, todos eles de sexo masculino. Enquanto em 2015, a Colômbia registrou seis casos, em 2016 foram reportados 29, quatro na última semana.
A Colômbia superou neste mês o pico epidêmico do vírus do Zika, registrado durante as duas primeiras semanas de fevereiro, com uma melhora dos dados mais rápida do que a esperada.
Cartagena, Santa Marta e a ilha de San Andrés, três dos principais pontos turísticos do Caribe colombiano, registraram uma queda do número de casos e estão entrando em uma fase endêmica, segundo o INS.
Entretanto, na maioria do país continua havendo circulação ativa do vírus e alguns departamentos, como Meta (centro), Quindío (oeste) e Valle del Cauca (sudeste) continuam na etapa de transmissão ativa e os infectados pelo vírus continuam aumentando.
O zika é transmitido pelo mosquito Aedes egypti, que também transmite dengue e chikungunya.
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