As ruas das principais cidades da Colômbia se tornaram nesta quarta-feira (15) uma plataforma para milhares de pessoas expressarem descontentamento ao presidente colombiano, Gustavo Petro, e às reformas sanitária, trabalhista e da previdência, entre outras.
Os protestos superaram em número as manifestações de apoio ao governo e à reforma do sistema de saúde, apresentada na segunda-feira em meio a uma chuva de críticas de diferentes setores que a consideram prejudicial ao povo.
Em Bogotá, a principal manifestação partiu do Parque Nacional para a Praça Bolívar, o centro do poder político e judicial da Colômbia, tudo em meio a cânticos contra o governo Petro e aplausos para os militares que estavam em algumas partes do caminho.
No geral, os manifestantes usavam camisas da Colômbia, brancas ou esportivas, em meio a cartazes rejeitando não só as reformas propostas, mas também as negociações de paz com os guerrilheiros do Exército de Libertação Nacional (ELN) e a “paz total” de Petro.
As passeatas mais concorridas foram as de Bogotá e Medellín, onde manifestantes não só cantavam cânticos contra Petro, mas também contra o prefeito da capital do departamento de Antioquia, Daniel Quintero.
Ao final da tarde, as autoridades não tinham comunicado nenhum distúrbio ou confronto com a polícia. Esperava-se que o dia terminasse de forma calma porque as convocações frisavam que tudo deveria ocorrer sem perturbação da ordem pública.
“Petro nunca mais”, “não às reformas”, “não às reformas contra o povo” eram os cânticos do povo em Bogotá, onde os cartazes ressaltavam a rejeição ao governo.
O governo colombiano apresentou na segunda-feira a reforma da saúde, que tem causado debate no país há semanas e que ainda não convenceu as pessoas que veem este direito ameaçado, embora aceitem que devem ser feitos ajustes ao que já está em vigor.
Petro procura com a sua reforma transformar o sistema de saúde para reforçar a atenção primária e também para cuidar dos “territórios abandonados”.
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