Em meio a um ambiente de calma e com milhares de soldados e policiais nas ruas, os colombianos votavam neste domingo nas eleições presidenciais, que têm Alvaro Uribe como favorito à reeleição.
Cerca de 26 milhões de colombianos estão aptos para votar e decidir entre a continuidade e a mudança proposta por cinco candidatos, que prometem solução negociada para o conflito interno e luta contra a pobreza e o desemprego.
A votação começou às 8h (10h, no horário de Brasília) e se encerrou às 16h.
Diferentemente de eleições anteriores, quando ataques da guerrilha deixaram dezenas de vítimas, desta vez as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, as Farc, pediram o voto contra Uribe e pouco atentaram contra o pleito.
O Exército anunciou que cinco combatentes das Farc morreram de forma acidental, quando tentavam instalar explosivos. Não há relatos de combates e ações contra alvos militares ou infra-estrutura.
"Tudo está muito tranquilo e calmo. Há mais segurança, a gente pode sair para votar. Nas eleições passadas havia mais desordem e medo", disse María Isabel Bogotá, 39 anos, eleitora em um bairro pobre da capital.
Analistas afirmam que a guerrilha avaliou que uma estratégia de ataques somente aumentaria a força de Uribe, o principal aliado dos Estados Unidos na América Latina.
Uribe apresenta como principais conquistas do seu governo de quatro anos a segurança, a redução de crimes e ataques.
O presidente afirma que se avançou no tema segurança, mas reconhece que há muito a ser feito. O pai de Uribe foi assassinado pelas Farc em 1983.
Cerca de 380 mil homens de forças de segurança estão espalhados pelo país para garantir a realização das eleições.
Os principais rivais do presidente são Carlos Gaviria, de esquerda, e Horacio Serpa, do Partido Liberal. Os dois atacaram a política de segurança de Uribe e prometeram ênfase no social.
Cerca de metade da população colombiana não tem acesso à moradia, educação e saúde. Esses problemas vêm servindo de justificativa para os rebeldes e sua luta armada há décadas.
Uribe, que apresentou política agressiva contra o narcotráfico, que financia grupos armados, prometeu melhorar a assistência social.
Essa é a primeira vez em mais de um século que um presidente disputa a reeleição na Colômbia, depois que o Congresso aprovou em 2004 reforma nesse sentido.
Se Uribe vencer, se une a Hugo Chávez, na Venezuela, Carlos Menem, na Argentina, Alberto Fujimori, no Peru, e Fernando Henrique Cardoso, no Brasil. Todos conquistaram o segundo mandato depois de promover mudanças na legislação.
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Doações dos EUA para o Fundo Amazônia frustram expectativas e afetam política ambiental de Lula
Painéis solares no telhado: distribuidoras recusam conexão de 25% dos novos sistemas
Deixe sua opinião