O presidente eleito da Colômbia, Juan Manuel Santos, que tem uma ordem de prisão vigente no vizinho Equador, disse nesta terça-feira que espera resolver facilmente a disputa.
Santos, que sucede Álvaro Uribe como presidente no próximo mês, se pronunciou um dia depois de o presidente equatoriano, Rafael Correia, dizer à Reuters que Santos seria preso se viajasse ao Equador enquanto o mandado ainda estivesse vigente.
Um tribunal equatoriano emitiu o mandado contra Santos, então ministro da Defesa, depois que forças colombianas bombardearam em 2008 um acampamento ocupado por insurgentes colombianos das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) dentro do território equatoriano. A operação incitou um conflito diplomático entre os vizinhos que continua até hoje.
"Essa é uma situação legal que eu respeito, eu não compartilho, é claro... Acredito que seja uma iniciativa sem precedentes na história jurídica internacional. Acredito que será facilmente resolvida", disse Santos a jornalistas em Londres.
"Não quero me envolver nas relações entre o Poder Judicial e o Poder Executivo no Equador, deixarei isso aos equatorianos", disse ele, segundo a mídia local.
Quito rompeu relações com a Colômbia depois da operação que resultou na morte do principal comandante das Farc, um duro golpe aos rebeldes esquerdistas.
Sob o comando de Uribe, as forças colombianas tiveram uma série de vitórias contra as Farc, empurrando os rebeldes para áreas remotas e reduzindo a violência no país. Mas as relações com os vizinhos Venezuela e Equador, ambos liderados por presidentes de esquerda, foram fortemente abaladas.
Na semana passada, o Equador ameaçou romper novamente os laços por conta de acusações de que agentes colombianos teriam grampeado telefones de altas autoridades equatorianas, inclusive Correa.
Santos saudou um comunicado de Correa de que o líder equatoriano planejava comparecer à sua posse caso fosse convidado. "Acredito que esse seja um passo na direção certa", disse ele.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
Enquete: como o Brasil deve responder ao boicote de empresas francesas à carne do Mercosul?
“Esmeralda Bahia” será extraditada dos EUA ao Brasil após 9 anos de disputa
Deixe sua opinião