Manifestação em Medellín: protestos nas principais cidades colombianas nesta terça-feira (20) questionaram reformas trabalhista, previdenciária e da saúde apresentadas ao Congresso pelo governo Gustavo Petro| Foto: EFE/Luis Eduardo Noriega A
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Milhares de colombianos saíram às ruas das principais cidades do país nesta terça-feira (20), entoando “Não às reformas de Petro” e “Nós somos a maioria”, entre outras frases, para protestar contra as reformas trabalhista, previdenciária e da saúde apresentadas ao Congresso pelo governo do presidente Gustavo Petro.

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“Vamos impedir as reformas nas quais ele [Petro] acredita”, disse à Agência EFE, em Bogotá, Enrique Gómez, ex-candidato presidencial conservador do Movimento de Salvação Nacional, referindo-se ao presidente como um “antidemocrata” que “mente” e “tem tendências ditatoriais”.

Entre os manifestantes, que caminharam pacificamente, predominaram as camisetas brancas ou da seleção nacional de futebol, além de bandeiras colombianas, balões coloridos e apitos para chamar a atenção.

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Chamadas de Marcha da Maioria, as manifestações reuniram dezenas de milhares de pessoas em Bogotá, Cali, Medellín, Barranquilla, Bucaramanga, Cúcuta e outras cidades, superando o número de pessoas que saíram às ruas no dia 7 de junho para apoiar Petro e suas reformas sociais, consideradas por muitos como prejudiciais ao país.

Neste sentido, o ex-candidato presidencial do partido direitista Colômbia Justa Livres, John Milton Rodríguez, condenou o fato de a reforma trabalhista “destruir 700 mil postos de trabalho” e de a reforma previdenciária “retirar dos trabalhadores o direito de decidirem como se aposentar”, enquanto “as poupanças das pensões são utilizadas para pagar os subsídios que Petro prometeu”.

Em Cali e Bogotá, onde as passeatas culminaram em concentrações na Plazoleta Jairo Varela e na Praça de Bolívar, respectivamente, os gritos por mais segurança também ecoaram da boca de participantes como William Delgado, que se manifestou contra o “desgoverno” e as reformas feitas “às pressas”.

Na capital, foi feito um minuto de silêncio pelos membros das forças de segurança que caíram em combate, setor apoiado por faixas nas quais se lia “Obrigado, heróis”.

O respeito pela liberdade de imprensa foi outra das exigências dos opositores ao governo de Petro, cuja gestão foi abalada nas últimas semanas por escândalos como o do ex-embaixador na Venezuela Armando Benedetti e da ex-chefe de gabinete Laura Sarabia, supostamente envolvida em um caso de abuso de poder e escutas ilegais.

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“Infelizmente, ao se defender [das acusações], [Petro] não vai prestar atenção ao país. Vejo que ele vive num avião poluindo o meio ambiente, que tanto o preocupa, e não está atento ao que se passa aqui”, afirmou a senadora do partido uribista Centro Democrático María Fernanda Cabal.

John Milton Rodríguez também se manifestou contra a assinatura do cessar-fogo entre o governo e a guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN), em 9 de junho, em Havana, afirmando que o governo estaria “entregando o controle do território colombiano a este grupo criminoso”.

Os manifestantes também condenaram a ideia de criar um fundo internacional de vários doadores para subsidiar a guerrilha em troca do fim dos sequestros.

Segundo dados da polícia colombiana, mais de 92 mil pessoas participaram da Marcha da Maioria, das quais 30 mil se concentraram em Bogotá.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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