Em desafio à medida que congelou por dez meses as novas construções nos assentamentos judaicos da Cisjordânia, os colonos têm retomado as obras por conta própria na região. Essas construções são um dos temas-chave das negociações diretas entre Israel e a Autoridade Nacional Palestina (ANP), retomadas ontem, nos Estados Unidos.
De acordo com Naftali Bennett, diretor do Conselho Yesha, que representa os colonos, até a semana que vem várias construções serão reiniciadas em vários outros pontos da Cisjordânia. "Decidimos que a retomada das construções não é um ato simbólico e estamos nos organizando para estendê-la a outros pontos. O congelamento terminaria de qualquer maneira no final do mês (dia 26). Os dois atentados dos últimos dias apenas anteciparam a retomada das atividades", disse Bennett ao jornal O Estado de S. Paulo, referindo-se aos ataques a tiros de terça-feira, que deixaram quatro mortos, e do dia seguinte, que feriram dois israelenses.
Tratores podem ser vistos em atividade no assentamento Adam, próximo a Jerusalém, onde foi retomada a construção de um centro comunitário, paralisada pela moratória. "Depois do segundo atentado, começamos a trabalhar na construção de mais um prédio público. Para cada atentado, construiremos outro edifício. Se os palestinos querem paz, devem paralisar as atividades do Hamas antes de exigir que nós paralisemos nossas vidas", afirma Beber Vaanunu, líder comunitário e um dos fundadores de Adam.
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