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| Foto: JAAFAR ASHTIYEH/AFP

O Conselho de Segurança da ONU exigiu nesta sexta-feira (23) que Israel ponha fim aos assentamentos, em uma resolução adotada depois de que os Estados Unidos se abstiveram, não usando seu direito a veto. Em manobra pouco usual, Washington se absteve, enquanto os 14 membros restantes do Conselho votaram a favor da resolução.

A resolução exige que “Israel cesse imediatamente e completamente os assentamentos nos territórios palestinos ocupados, incluído Jerusalém Oriental”. Além disso, ressalta que as colônias israelenses “não têm validez legal” e “estão pondo em perigo a viabilidade da solução dos dois Estados”.

Os assentamentos de Israel são vistos como uma grande armadilha aos esforços de paz, já que estão construídos em territórios palestinos que pertenciam a seu futuro Estado. A ONU, que ressalta que as colônias são ilegais, alertou que nos últimos meses as construções proliferaram. Cerca de 430.000 israelenses vivem atualmente na Cisjordânia e outros 200.000 em Jerusalém Oriental, que para os palestinos deve ser a capital de seu futuro país.

Nova Zelândia, Malásia, Senegal e Venezuela impulsionaram a votação nesta sexta-feira, depois que o Egito decidiu postergá-la após o telefonema do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, ao chefe de Estado egípcio, Abdel Fatah al Sissi.

O embaixador israelense na ONU, Danny Danon, reconheceu que seu governo esperava que os Estados Unidos vetassem “esta vergonhosa resolução”. “Não tenho dúvidas de que a nova administração americana e o próximo secretário-geral da ONU (Antonio Guterres) acertarão o passo em direção a uma nova era na relação da ONU com Israel”, declarou.

Para Nabil Abu Rudeina, porta-voz da presidência palestina, a resolução é “um grande golpe para Israel. “Trata-se de uma condenação internacional unânime da colonização e um claro apoio a uma solução de dois Estados” acrescentou, pouco depois da votação em Nova York.

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