Como já era esperado, o Parlamento da Hungria ratificou nesta segunda-feira (26) a entrada da Suécia na OTAN, eliminando assim o último obstáculo que o país escandinavo enfrentava para se tornar membro de pleno direito da aliança militar atlântica.
A Hungria foi o último país dos 31 membros da aliança a dar seu sinal verde à integração da Suécia.
A ratificação, transmitida ao vivo no site do Parlamento, foi aprovada com 188 votos a favor e seis contra.
“A entrada da Suécia na OTAN reforça a segurança da Hungria, por isso peço-lhes que apoiem a proposta”, disse o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, na abertura da sessão parlamentar desta segunda-feira.
Na sexta-feira (23), Orbán havia anunciado que fechou um acordo para a compra de quatro caças Gripen da Suécia, após se encontrar em Budapeste com o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson. Ele declarou que foi possível “reconstruir a confiança” entre os dois países.
A entrada de novos membros na aliança militar do Ocidente só pode ocorrer se ratificada por todos os países que já a integram.
Além da Hungria, a Turquia vinha protelando o sinal verde à Suécia desde 2022, quando Estocolmo abriu mão de décadas de neutralidade militar e pediu adesão devido à invasão russa à Ucrânia.
O governo de Recep Tayyip Erdogan a princípio alegou que a Suécia dava abrigo a supostos terroristas curdos, o que motivou mudanças na legislação antiterrorismo sueca. Depois, Ancara iniciou uma barganha para que os Estados Unidos vendessem caças F-16 à Turquia, o que havia sido bloqueado pelo Congresso americano, em troca do apoio ao pedido da Suécia.
Por fim, no final de janeiro, os turcos aprovaram a entrada sueca na OTAN. Em seguida, o Departamento de Estado americano informou que o governo dos Estados Unidos aprovou um acordo de US$ 23 bilhões para venda de 40 F-16s à Turquia e atualizações em 79 caças que Ancara já possui. (Com Agência EFE)
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