Vinte e cinco anos depois da queda do Muro de Berlim, os alemães reuniram-se novamente nas ruas da cidade, desta vez para derrubar um muro simbólico recriado por cerca de 8 mil balões iluminados que repetiram a divisão da capital durante a Guerra Fria.
Por volta de 19h20 (16h20, horário de Brasília) de ontem, dia e horário em que o muro começou a ser destruído pela população em 1989, os balões foram soltos.
Convidados ilustres, o ex-líder soviético Mikhail Gorbachev, 83, e o ex-presidente polonês Lech Walesa, 71, subiram no palco montado no Portão de Brandemburgo para liberar um balão cada um. Ambos ficaram distantes um do outro.
O Portão de Brandemburgo era espécie de zona neutra durante o período de separação da cidade. Além da cerimônia dos balões, a área foi palco de concertos ao ar livre, exposições sobre o muro.
Telões espalhados pela cidade no fim de semana transmitiram a céu aberto documentários sobre a história da divisão do país entre Alemanha Oriental, sob controle dos soviéticos, e Ocidental, aliada das potências capitalistas (Estados Unidos, França e Reino Unido).
Os balões, um projeto do artista alemão Christopher Bauder, repetiram 15 dos 156 quilômetros do Muro de Berlim, construído em 1961 pelos soviéticos para separar de vez a cidade da então Berlim Ocidental. Pelo menos 137 alemães morreram tentando atravessá-lo e outros 5 mil conseguiram furar o seu bloqueio.
Além do Portão de Brandemburgo, os balões percorreram também a região do Check-Point Charlie, barreira controlada pelo lado ocidental, além da East Side Gallery e a rua Bernauer Strasse, que ainda preservam pedaços originais do muro.
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