Com Covid-19, candidato que vive nos EUA não estará no Chile em 1º turno de eleição

Franco Parisi, candidato à presidência do Chile, anunciou na noite desta quarta-feira que não poderá deixar os Estados Unidos, onde vive, para estar no país sul-americano durante o primeiro turno das eleições, marcado para o próximo dia 21, após ter sido diagnosticado com Covid-19.

"Terei que ficar isolado aqui por 14 dias", indicou o economista e líder do Partido pela Gente, em vídeo divulgado nas redes sociais.

Parisi não esteve no Chile durante toda a campanha presidencial e havia anunciado que o retorno para o país estava marcado para o último domingo, o que não aconteceu.

O candidato presidencial informou que completou o esquema de vacinação contra a Covid-19 e que apresenta alguns sintomas como tosse, dor de garganta e mal-estar geral.

No vídeo que postou ontem à noite, Parisi não indicou uma nova data para a volta ao Chile. De acordo com Parisi, ele terá que fazer um novo exame em dez dias (20 de novembro), um dia antes do primeiro turno, e que o isolamento, no entanto, é de 14 dias.

Nas diferentes pesquisas eleitorais, o candidato varia de posição, entre o terceiro e o quinto lugar, atrás, por exemplo, do ex-líder estudantil e postulante de esquerda Gabriel Boric, e de José Antonio Kast, de direita.

Ordem de prisão nos EUA

A imprensa chilena revelou, em setembro deste ano, que existe uma ordem de prisão contra Parisi no estado do Alabama, nos Estados Unidos, pelo não pagamento da pensão alimentícia dos filhos.

O candidato e o advogado dele se manifestaram algumas vezes dizendo que não reconhecem a existência da dívida, que já chegaria a US$ 260 mil (R$ 1,41 milhão).

Nas eleições presidenciais de 2013, em que se apresentou como postulante independente, Parisi recebeu 10% dos votos. Atualmente, ele lidera o Partido pela Gente, legenda de centro-direita que foi fundada dois anos atrás.

Eleições marcadas pela Covid-19

A campanha para o pleito presidencial chileno vem sendo marcada pela Covid-19. Há dez dias, Boric anunciou que um teste havia confirmado que estava infectado pelo novo coronavírus.

Com isso, seis dos sete demais candidatos, que tiveram contato com o candidato de esquerda, precisaram se isolar e paralisar as atividades públicas - o único que não se viu restrito foi, justamente, Parisi.

Todos os afetados retomaram nesta semana os compromissos presenciais, depós terem tido resultados negativos em exames PCR a que foram submetidos.

Neste ano, os chilenos escolherão o sucessor do presidente do país, Sebastián Piñera, que está enfrentando processo de impeachment, devido supostas irregularidades financeiras apontadas pela investigação jornalística Pandora Papers.