Os chilenos voltam hoje às urnas para escolher a nova presidente do país, que governará o Chile pelos próximos quatro anos. Duas mulheres disputam o segundo turno da corrida presidencial, com ampla vantagem da ex-presidente socialista Michelle Bachelet, segundo as pesquisas. Sua adversária é a governista Evelyn Matthei.
Bachelet, candidata da aliança de centro-esquerda Nova Maioria (antiga Concertação) tinha 66,3% das intenções de voto na última pesquisa, contra 33,7% de Matthei, da coalizão de direita Nova Aliança. O levantamento do instituto Ipsos em parceria com a Universidade de Santiago do Chile, foi feito com 900 pessoas entre os dias 21 de novembro e 2 de dezembro.
No primeiro turno, Bachelet obteve 46,6% dos votos, e Matthei, 25,01%. Na quinta-feira, último dia da campanha eleitoral, as duas postulantes ao Palácio de La Moneda se mostraram confiantes na vitória.
Assim como no primeiro turno, a ex-presidente Bachelet escolheu a capital Santiago para realizar seu último discurso. Em sua fala, a socialista lembrou que sua coalizão terá a maioria no Congresso e que esse fato a ajudará a promover as mudanças que deseja, como as reformas tributária, educacional e constitucional.
Classe média
A direitista Matthei escolheu a cidade de Tumuco, no sul do país, para finalizar a campanha. E avisou que o principal foco de seu governo, se eleita, será a classe média. "Eles são os que levantam cedo para trabalhar, que se preocupam com que seus filhos estudem; eles são os que constroem o Chile, com seu esforço, trabalho e seriedade", afirmou. "Construiremos um país onde os esforços serão premiados."