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Retomada

Com fim da missão da Otan, Líbia acelera formação de novo Exército

Sete meses depois de bombardear Benghazi no início da ofensiva contra as forças de Muamar Kadafi, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) encerra à meia-noite desta segunda-feira a missão na Líbia que ajudou a dar fim aos 42 anos do regime. Anunciado na semana passada, o término das operações desagradou o governo interino líbio, que pedia ações internacionais até o fim do ano. Diante do fim da ajuda militar, o Conselho Nacional de Transição (CNT) líbio acelera agora a formação de um novo Exército.

Desde 19 de março, quando a Otan começou a agir amparada por uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, as mais de duas mil ações aéreas, o patrulhamento da costa, e o envio de assessores militares franceses, britânicos e italianos ajudaram a impedir que a revolta popular contra Kadafi fosse sufocada pela resistência de suas forças. Mas, embora tenham pedido a prorrogação das operações da Otan, os líbios acreditam que os kadafistas remanescentes no país não representam um perigo para o novo governo do país.

"Devemos ter cautela. Preferiríamos que a Otan permanecesse até o fim do ano, mas não acreditamos que seja possível um contra-ataque dos fiéis ao antigo regime. Cada dia estamos mais fortes", diz ao jornal "El País" Mohamed Alí bin Kura, porta-voz militar de Zauiya.

A formação de um novo governo interino e de um Exército que substitua as milícias que ajudaram a derrubar o ditador são as prioridades dos atuais governantes líbios. Segundo o "El País", coronel Bashir el Neiri, um dos oficiais que combateu em Misurata, explica que o procedimento de formação do Exército tem base local.

"O conselho militar de cada cidade está escolhendo seus representantes, que irão a Benghazi na próxima semana para estabelecer a nova hierarquia militar e escolher seus chefes", diz Neiri.

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