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Javier Milei, presidente argentino: país vive uma das piores crises de sua história, agravada durante a gestão peronista que antecedeu o libertário
Javier Milei, presidente argentino: país vive uma das piores crises de sua história, agravada durante a gestão peronista que antecedeu o libertário| Foto: EFE/ Juan Ignacio Roncoroni

O Instituto Nacional de Estatísticas e Censos da Argentina (Indec) divulgou seu novo relatório com números atualizados sobre a situação econômica do país, nesta terça-feira (12).

Os dados mais recentes mostraram que houve uma desaceleração da inflação mensal em fevereiro, que chegou a 13%, bem abaixo dos 25,5% de dezembro e os 20,6% de janeiro.

Por meio de um comunicado, a Casa Rosada afirmou que o novo índice é "resultado do trabalho do governo para impor uma forte disciplina fiscal" e retomar o controle da economia argentina.

Além disso, a nota acompanha uma justificativa para a atual crise enfrentada no país, que viu sua economia afundar principalmente nos últimos quatro anos sob o governo do peronismo. "A subida inflacionária que enfrentamos é produto da emissão descontrolada de dinheiro nos últimos anos e do desperdício gerado pelo programa econômico do ex-ministro Sergio Massa", diz um trecho do informativo.

Apesar dos resultados melhores do que o esperado - a gestão de Milei esperava uma desaceleração em 15% - o índice de preços ao consumidor (IPC) na Argentina ainda está alto, chegando a 276,2% no último mês em relação ao ano anterior.

De acordo com os números oficiais, os preços dos bens de consumo subiram 11,9% no mês passado em relação a janeiro, e os de serviços aumentaram em 17,6%. Na comparação com fevereiro do ano passado, as altas foram de 295,1% e 226,1%, respectivamente.

Entre os aumentos registrados no segundo mês do ano, destacam-se os de comunicação (24,7%), transporte (21,6%) e custos de moradia (20,2%).

No conjunto dos dois primeiros meses do ano, a inflação na Argentina é de 36,6%, segundo o Indec. Os preços ao consumidor acumularam em 2023 um aumento de 211,4% na Argentina, a taxa mais alta desde a hiperinflação de 1989-1990.

As previsões privadas mais recentes coletadas mensalmente pelo Banco Central sugerem que a inflação deste ano será de 210,2%, com taxas mensais de ao menos 10% até maio.

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