No primeiro dia de grandes protestos da esquerda contra o novo presidente da Argentina, Javier Milei, houve tumulto, enfrentamentos com a polícia e prisões nesta quarta-feira (20) na capital, Buenos Aires, mas em geral o protocolo antipiquetes da ministra da Segurança, Patricia Bullrich, funcionou e os transtornos foram menores que o esperado.
Segundo informações do jornal Clarín, a polícia de Buenos Aires prendeu ao menos dois manifestantes nas avenidas Diagonal Norte e Diagonal Sul, acusados de agredir policiais e resistir à autoridade.
Os manifestantes bloquearam temporariamente essas vias e depois se concentraram na Praça de Maio, mas, segundo o jornal argentino, não chegaram a ocupar toda a praça.
Em razão do forte policiamento deslocado para as ruas de Buenos Aires, os manifestantes abreviaram a rota dos protestos e deixaram de passar pelo Congresso argentino, conforme haviam planejado inicialmente.
A equipe de Milei divulgou nas redes sociais que ele, Bullrich e Karina Milei, irmã do presidente e secretária-geral da Presidência, acompanharam o dia de protestos a partir da sede da Polícia Federal argentina.
Na semana passada, Bulllrich havia divulgado um protocolo de segurança para evitar transtornos à população durante os protestos contra o governo Milei.
Ela informou que as quatro forças de segurança federais (Gendarmaria, Prefeitura Naval, Polícia Federal e Polícia de Segurança Aeroportuária) e o Serviço Penitenciário Federal, com apoio de forças locais, seriam mobilizados para desmantelar piquetes e bloqueios.
Bullrich também anunciou punições contra quem levasse crianças a esses bloqueios e que as organizações responsáveis pelos protestos teriam cobrados os custos das operações de desmobilização, entre outras medidas.
Na segunda-feira (18), a ministra do Capital Humano da Argentina, Sandra Pettovello, anunciou que quem interrompesse a circulação de vias públicas durante os protestos perderia direito a planos sociais do governo argentino.
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