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Um trem especialmente fretado partiu de Buenos Aires em direção a Mar del Plata com figuras de peso como Diego Maradona, que protestam contra a presença do presidente americano, George W. Bush, na Argentina.

- Para mim é um orgulho poder estar neste trem para repudiar este lixo humano que é Bush - disse Maradona antes de embarcar no trem, que partiu por volta de 0h (horário local).

O ex-jogador, que nos últimos dias vem criticando Bush e chegou a chamá-lo de assassino, garantiu que vai liderar os protestos contra o presidente dos EUA.

Centenas de pessoas foram à estação se despedir do comboio e entoar canções contra Bush. Uma enorme torcida do Boca Juniors, o time de coração de Maradona, gritava o nome do ídolo ao ritmo de tambores.

- Nós vamos pela dignidade. Não vamos pela violência, mas para defender o que é nosso - acrescentou o ex-jogador, que vestia uma camiseta que dizia "Stop Bush" (Parem Bush).

Uma vez em Mar del Plata - a 400 km sul de Buenos Aires -, os 160 passageiros participarão na manhã de sexta-feira dos protestos contra Bush, que terminarão num estádio de futebol com a presença do músico cubano Silvio Rodríguez e do presidente da Venezuela, Hugo Chávez.

Bush chegou na noite de quinta-feira a Mar del Plata, onde participa, com outros 33 governantes, da 4ª Cúpula das Américas, onde serão debatidos, entre outros temas, a criação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca), uma proposta dos EUA que enfrenta resistência do Brasil e da Venezuela.

O trem conta também com a presença do cineasta bósnio Emir Kusturica e do líder indígena boliviano Evo Morales, além de várias personalidades artísticas e políticas argentinas.

- É o trem da revolução. Isso soa muito romântico para mim - disse Kusturica.

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