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Centrada na guerra na Ucrânia e na ajuda a Kiev, a cúpula do G7 começou nesta quinta-feira (13) na região da Apúlia, no sul da Itália, com a chegada dos líderes dos países mais industrializados do mundo ao luxuoso hotel Borgo Egnazia, onde foram recebidos pela primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni.
A anfitriã deu as boas-vindas aos mandatários de Estados Unidos, França, Alemanha, Canadá, Reino Unido e Japão, bem como aos líderes da União Europeia (UE), que mais tarde assinaram o livro de honra do exclusivo resort escolhido por Meloni para uma reunião na qual também é esperada a presença do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
O presidente americano, Joe Biden, foi o último a chegar a Borgo Egnaziza com algum atraso em relação aos seus homólogos e a cúpula finalmente começou às 11h30 (horário local, 6h30 de Brasília).
“Os objetivos da presidência italiana são, por um lado, valorizar o que nos une, reforçar a nossa colaboração, e, por outro lado, saber dialogar com todos (…) O G7 não é uma fortaleza que talvez tenha que se defender de alguém”, afirmou Meloni aos colegas, sentados à volta de uma mesa de madeira no interior do hotel.
A primeira-ministra italiana, atual presidente do grupo, defendeu a abertura do grupo ao mundo porque o objetivo, segundo disse, é alcançar o “desenvolvimento compartilhado”.
“A mensagem que queremos dar é a de um G7 que quer reforçar o diálogo com as nações do sul global”, disse a líder direitista.
Além do apoio à Ucrânia, centrado na negociação de um empréstimo avaliado em até US$ 50 bilhões (R$ 270 bilhões), a guerra na Faixa de Gaza, a rivalidade com a Rússia e a relação com a China serão outros temas de destaque da cúpula de três dias, que terminará no próximo sábado (15).
Junto a Biden e Meloni, estavam presentes o presidente francês, Emmanuel Macron; os primeiros-ministros de Canadá, Reino Unido e Japão, Justin Trudeau, Rishi Sunak e Fumio Kishida; o chanceler alemão, Olaf Scholz; bem como os presidentes da Comissão Europeia e do Conselho Europeu, Ursula Von der Layen e Charles Michel.
As relações com a África, a agenda verde e a ajuda ao desenvolvimento estarão no centro da primeira sessão de trabalho, que contará com a participação de vários países africanos e do Golfo Pérsico, além de organizações como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial (BM), convidados pela presidência italiana.
Mais tarde, os líderes receberão Zelensky e o presidente ucraniano e Biden deverão então dar uma coletiva de imprensa, na qual poderão anunciar o esperado acordo sobre o empréstimo financiado com ativos russos congelados.
Também nesta quinta-feira está prevista a chegada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na qualidade de atual chefe do G20, e seu homólogo da Argentina, Javier Milei, convidado pessoalmente por Meloni, e ambos participarão na sessão desta sexta-feira (14).
O G7 terminará na manhã de sábado, com uma coletiva de imprensa da primeira-ministra anfitriã.