A popularidade do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pode já ter tido dias melhores no seu país, mas ele continua incontestável no pedaço de Manhattan onde fica a sede das Nações Unidas, onde os países-membros da organização se reúnem na semana que vem.
Obama, segundo diplomatas, deve ser ovacionado quando discursar para os representantes dos 192 países da Assembléia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
Em casa, Obama tem procurado levantar a sua popularidade, destacando sinais da recuperação econômica norte-americana. O debate sobre a reforma do sistema de assistência social, porém, tem diminuído o número dos seus simpatizantes.
A última pesquisa Gallup aponta que a aprovação do presidente junto à classe média norte-americana está abaixo de 50 por cento.
Fora dos Estados Unidos, no entanto, Obama é amado. Uma recente pesquisa europeia mostra que 80 por centro dos entrevistados na União Européia e na Turquia o aprovam.
O discurso de Obama na quarta-feira é o principal evento da semana na Assembléia-Geral, segundo diplomatas. O presidente deve falar da política externa norte-americana e da necessidade de cooperação.
A recepção calorosa a Obama vai contrastar com as críticas que recebia o seu antecessor George W. Bush. Isso se deve em parte ao que Susan Rice, embaixadora norte-americana na ONU, descreveu como o "desprezo" que caracterizava as relações dos Estados Unidos com a comunidade internacional.
Mesmo diplomatas de países criticados pelos Estados Unidos por abusos contra os direitos humanos, proliferação nuclear e outros temas aguardam ansiosos as falas do presidente Obama na semana que vem.
"Estaremos escutando", afirmou um desses diplomatas. "Obama prometeu mudanças. Então deve evitar ameaças e intimidação."