| Foto: SPENCER PLATT/AFP

Com a corrida das candidaturas entrando na reta final nos Estados Unidos, é o momento de começar a pensar nos postulantes a vice-presidente. Embora até agora não haja nenhum nome garantido matematicamente nas cédulas das eleições presidenciais americanas, partidos e políticos ensaiam o complexo quebra-cabeça para formar uma dupla vencedora. Os principais candidatos já articulam nomes, que possam ampliar a base de apoio. Além de tentar atrair votos e combater fraquezas do candidato principal, o vice geralmente tem seu cacife político aumentado e, quase sempre, se torna um presidenciável nas eleições seguintes.

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“O processo pelo qual uma seleção a vice-presidente é feita é altamente pessoal ao candidato presidencial e é justo dizer que ele pode ser idiossincrático. Nos últimos 40 anos, vice-presidentes se tornaram conselheiros próximos e confidentes de presidentes. Eles agora comandam uma grande equipe na Casa Branca e têm funções importantes em assuntos externos, política interna e relações com o Congresso”, informa uma relatório do Bipartisan Policy Center (Centro Política Bipartidária), organização sem fins lucrativos que reúne integrantes das duas legendas, publicado há alguns dias.

Dos quatro postulantes dos dois partidos que seguem na disputa, nenhum anunciou seu vice. Ted Cruz era o único que já o fizera: poucos dias atrás anunciou Carly Fiorina, a ex-presidente da Hewlett-Packard, mas abandonou a disputa nesta terça-feira (3). John Kasich e Bernie Sanders, com poucas chances de obter a indicação pelos partidos Republicano e Democrata, respectivamente, não empolgam as especulações. O que começa a movimentar as bolsas de apostas são os nomes para acompanhar as prováveis candidatura de Hillary Clinton, entre os democratas, e de Donald Trump, pelos republicanos.

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O nome do vice é obtido em comum acordo entre o candidato e a cúpula do partido. Ser de um estado que pode definir as eleições, os chamados swing states, que a cada quatro anos escolhem uma legenda, é um grande requisito. Mas não o único.

Muitas vezes o que os partidos buscam são vices que sirvam de antídotos para as rejeições do cabeça de chapa. No caso de Trump, muitos apostam em um nome mais tradicional para se contrapor ao seu estilo desbocado e sua fama de outsider. Neste perfil, despontam nomes como o do senador pelo Alabama Jeff Session (o primeiro grande nome do Congresso a apoiá-lo), Rob Portman (senador por Ohio, um estado importante para a eleição) e até mesmo os ex-pré-candidatos Newt Gingrich, Chris Christie e, inclusive, John Kasich, que continua na disputa.

Oito nomes para Hillary

Outras opções, segundo a imprensa, passam por nomes que possam agregar grupos de eleitores. Neste caso, poderiam fazer dobradinha com Trump duas mulheres, que tentariam diminuir a resistência feminina ao bilionário e se contaporem a Hillary Clinton: Nikki Haley, governadora da Carolina do Sul, e Mary Fallin, que comanda Oklahoma.

No lado democrata, Hillary poderia contar, segundo o New York Times, com oito nomes. Duas das opções são mulheres (Amy Klobuchar, senadora por Minnesota, e Elizabeth Warren, senadora por Massachusetts), o que faria, pela primeira vez, uma chapa 100% feminina. Outras opções são dois latinos e secretários do governo Obama (Julián Castro e Thomas Perez). Os outros quatro nomes são mais tradicionais: Sherrod Brown, senador por Ohio, Tim Kaine, senador pela Virgínia, Dave Patrick, ex-governador de Massachusetts e Mark Warner, senador pela Virgínia.

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