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Genebra - O Conselho de Direitos Humanos (CDH) da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou ontem uma resolução que busca garantir di­­reitos iguais para todos, in­­de­­pen­­dentemente da orientação se­­xual. A medida, que contou com o vo­­to favorável do Brasil e teve o apoio dos Estados Unidos, é vista como um progresso significativo para os direitos dos ho­­mos­­se­­xuais.

Apresentada pela África do Sul, a resolução obteve 23 votos a favor, 19 contra e três abstenções, sendo aprovada apesar da forte oposição de países africanos e árabes. Trata-se da primeira resolução em apoio aos direitos dos homossexuais a ser aprovada em um órgão da ONU. As discussões sobre o tema nos fóruns da entidade costumam ser bastante po­­larizadas.

O texto "afirma que todos os seres humanos são nascidos li­­vres e iguais em dignidade e direitos e que todos têm a prerrogativa a todos os direitos e liberdades (...), sem distinção de qualquer tipo". Além disso, o documento autoriza a criação de um grupo de estudos sobre leis discriminatórias e a violência contra indivíduos baseada em sua orientação sexual e no gênero.

O Brasil votou a favor do texto, assim como os Estados Unidos, a União Europeia (UE) e outros países latino-americanos. Uma das três abstenções foi da China.

"Acabamos de testemunhar um momento histórico no Con­­se­lho dos Direitos Humanos e den­­tro do sistema da ONU, com uma resolução que é referência na proteção aos direitos humanos de pessoas lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros", afirmou a repórteres a embaixadora dos Estados Unidos no órgão, Eileen Cham­berlain, após a votação.

A posição oficial dos Estados Unidos sobre o tema mudou radicalmente de­­pois da chegada de Barack Obama à presidência, em 2009.

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