Forças de segurança dos Estados Unidos e iraquianas não podem resolver o problema de violência no Iraque sem ação política e reconciliação com alguns grupos extremistas, disse nesta quinta-feira o comandante americano no país. A violência sectária entre xiitas e sunitas ameaça mergulhar o país em um guerra civil. Ataques recentes contra peregrinos xiitas aumentaram significativamente a tensão entre iraquianos.

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O general David Petraeus disse também, em sua primeira entrevista coletiva em Bagdá desde que assumiu o comando no mês passado, que não vê necessidade imediata de pedir mais soldados americanos, mas os reforços que já foram requisitados provavelmente ficarão até "bem depois do verão (no Hemisfério Norte)''.

- Não há solução militar para um problema como esse no Iraque, para a insurgência no Iraque - disse Petraeus. - A ação militar é necessária para ajudar a melhorar a segurança...mas não é suficiente - acrescentou.

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Ele disse que o progresso político necessita de debate e reconciliação com "alguns do que sentem que o novo Iraque não tem um lugar para eles''.

Ele afirmou que um importante desafio para o governo de Nuri al-Maliki, de maioria xiita, é identificar os grupos militantes que são "reconciliáveis'' e levá-los para o processo político.

O general disse que grupos como a Al-Qaeda estão intensificando seus ataques para provocar mais violência e parar o processo.

Petraus afirmou que a ação de segurança conjunta iraquiana em Bagdá, que tem apoio dos EUA, levará meses e os "ataques sensacionais'' vão continuar, mas que já há sinais animadores de progresso, principalmente a diminuição de assassinatos sectários.

Petraeus afirmou que debateu com seu subordinado direto nesta quinta-feira se há soldados suficientes para a atual missão.

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- Neste momento não vemos outros pedidos (de tropa). Isso não quer dizer que alguma missão ou tarefa não precisará disso, e se necessitar então vamos pedir - afirmou.

Petraeus assumiu o comando das tropas dos EUA no Iraque no mês passado, em um momento crítico. Ele foi apontado para dirigir a nova estratégia do presidente George W. Bush no Iraque, concentrando-se na função de impedir os ataques suicidas diários e os assassinatos cometidos por esquadrões da morte em Bagdá.

Bush está enviando mais 21.500 soldados, a maioria para Bagdá. Pelo menos 3.188 soldados americanos morreram desde a invasão de 2003.