O comandante do Exército da Nicarágua, Julio César Avilés, disse que os integrantes das forças armadas se mantêm “leais, firmes e coesos” e não destituirão o ditador sandinista| Foto: EFE/Jorge Torres
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O comandante do Exército da Nicarágua, Julio César Avilés, disse que as sanções internacionais impostas contra a cúpula militar do país têm o objetivo de forçá-la a dar um golpe de Estado contra o ditador Daniel Ortega, mas que as forças armadas se recusam a fazer isso.

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“Pedem mais agressões contra a instituição para que reajamos. Reagirmos a quê? Dando um golpe de Estado no governo legitimamente constituído, como pretendem desde 2018. Ante essas pretensões, nossa resposta é firme e clara: jamais o faremos”, disse Avilés, durante uma cerimônia em Manágua nesta segunda-feira (4), em comemoração ao 44º aniversário das forças armadas da Nicarágua.

Devido ao seu apoio à repressão da ditadura de Ortega, toda a cúpula militar nicaraguense foi alvo de sanções dos Estados Unidos, como a imposta em maio de 2020 contra Avilés: ele teve bloqueados todos os seus bens e ativos em território americano por se negar a desmantelar as forças paramilitares que agiram contra os manifestantes dos protestos por democracia de 2018.

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No discurso de segunda-feira, Avilés acusou a imprensa independente de articular uma campanha de “desinformação” contra a ditadura sandinista e o Exército e chamou os jornalistas de “pragas”.

“A esses sanguessugas e mercenários da informação, financiados por interesses estrangeiros, dizemos que suas mentiras e calúnias jamais nos dividirão”, disse o comandante.

“Todos os membros do Exército da Nicarágua, o Exército Popular, permanecem e permanecerão sempre leais, firmes e coesos, defendendo nosso sagrado direito de ter uma Nicarágua com verdadeira independência, soberania e autodeterminação nacional”, afirmou Avilés.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]