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Nova Iorque (EFE) – A Cúpula Mundial da Organização das Nações Unidas (ONU), com a presença de 170 chefes de Estado e de Governo, foi inaugurada ontem com amplas reivindicações para o combate ao terrorismo e às suas causas, além da implantação da reforma do organismo. A reunião, que termina amanhã, foi convocada com o objetivo de implementar reformas urgentes na ONU, fragilizada após os escândalos de corrupção em programas como Petróleo por Comida. Apesar disso, o documento final a ser aprovado fica muito abaixo das expectativas iniciais.

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, que fechou a primeira sessão de discursos, convocou os Estados a colaborarem para a difusão da democracia no Iraque e no resto do mundo. "O mundo é mais solidário e promissor quando colaboramos juntos", afirmou, diante da maior concentração de líderes mundiais da história, que escutava em silêncio suas palavras.

Boa parte dos membros da ONU ainda permanece cética sobre a guerra no Iraque e considera que os Estados Unidos deve fazer muito mais em relação ao meio ambiente e à ajuda aos países em desenvolvimento.

Bush, que iniciou seu discurso com uma nota de agradecimento aos mais de 150 países que ofereceram ajuda após a passagem do furacão Katrina, insistiu pela aprovação de uma resolução que exija medidas contra a incitação ao terrorismo, assim como o julgamento e a extradição àqueles que tentem adquirir material nuclear com fins terroristas.

"Os terroristas devem saber que não terão refúgio em nenhum lugar", afirmou o presidente. Ele ressaltou que é necessário também fazer frente à pobreza, que serviria de alimento à violência.

O presidente dos EUA convocou os países a encerrar com êxito a rodada de Doha na OMC e chegar a um acordo que reduza as tarifas e os entraves ao comércio mundial. Washington está disposto a eliminar suas barreiras comerciais se outras nações adotarem medidas similares, afirmou Bush. O comércio, garantiu, "é a chave para a superação da pobreza no mundo".

Bush também convocou os países-membros a implementar uma reforma na ONU de modo a aumentar sua credibilidade e garantir que a instituição seja "livre de corrupção, transparente e íntegra".

Previamente, o secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, tinha reivindicado aos líderes mundiais uma Organização das Nações Unidas "saudável e eficaz". "Se for utilizada de maneira apropriada, a ONU pode representar uma união perfeita de poder e princípios, a serviço dos povos do mundo." Ao relembrar os desafios da organização, presentes na declaração final da cúpula, Annan citou o investimento de US$ 50 bilhões anuais na luta contra a pobreza. Ele criticou o fato do texto não tratar da proliferação nuclear.

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