Pelo menos seis guerrilheiros do Exército de Libertação Nacional (ELN) e do Exército Popular de Libertação (EPL) morreram e três soldados do exército foram feridos em combates registrados nas últimas horas no departamento de Norte de Santander, na Colômbia, região da fronteira com a Venezuela, informaram neste domingo fontes militares.
Os choques armados ocorreram em uma zona rural do município de San Calixto entre soldados do exército colombiano e membros do Exército de Libertação Nacional (ELN) e do Exército Popular de Libertação (EPL), afirmou para jornalistas o comandante da Trigésima Brigada do Exército, o coronel Marcos Pinto.
Os combates começaram no sábado pela tarde em uma zona entre os as vilas de Palmarito e La Cantina, por onde passa a estrada que comunica San Calixto com o município vizinho de Teorama e Ocaña, a cidade mais importante da região.
O oficial explicou que a brigada enfrentou os guerrilheiros e, segundo relatos de moradores da região para o exército, os rebeldes sofreram “mais de seis baixas e, aparentemente, um de seus líderes morreu”.
O militar acrescentou que os soldados ficaram feridos por lascas de artefatos explosivos que os guerrilheiros detonaram, por isso os soldados foram levados para o hospital Emiro Quintero Cañizares, em Ocaña.
O EPL se desmobilizou em 1991, mas um reduto do grupo se manteve ativo e opera em algumas regiões do país, segundo as autoridades, algumas vezes em conjunto com o ELN.
No domingo passado, três soldados morreram em uma emboscada com explosivos efetuada pelo ELN em uma zona rural do município de Sardinata (Norte de Santander), e na quarta-feira dois policiais morreram perto de Ocaña em um ataque similar, que as autoridades atribuíram a uma ação conjunta desta guerrilha e do EPL.
Em outra ação atribuída ao ELN, na quinta-feira passada foram sequestrados quatro geólogos do Serviço Geológico Colombiano (SGC) que faziam trabalhos de campo na zona rural de Santa Inés, que pertence ao município de Carmen, também em Norte de Santander.
O ELN iniciou há um ano contatos “exploratórios” com o governo colombiano para abrir um processo de paz similar ao que está sendo realizado desde novembro de 2012 com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em Cuba, mas a aproximação não se traduziu na implementação de uma mesa de diálogo.