Tropas libanesas entraram em combate neste domingo com militantes ligados à Al Qaeda em um campo de refugiados palestino e pelo menos 50 pessoas morreram. Essa foi a batalha mais sangrenta registrada no país desde a guerra civil de 1975 a 1990.

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Vinte e cinco soldados e 15 militantes morreram nos combates, que aconteceram no campo de refugiados palestino de Nahr al-Bared, perto de Trípoli.

Um ministro do governo libanês disse que os combates com o grupo Fatah al-Islam, acusado de contar com o apoio da Síria, parecem ter sido programados para tentar atrapalhar as medidas da Organização das Nações Unidas (ONU) para estabelecer uma corte internacional para julgar suspeitos de assassinatos políticos no Líbano.

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Em Beirute, uma mulher morreu quando um artefato explosivo embaixo de um carro no estacionamento de um shopping foi detonado, disse uma fonte de segurança. Testemunhas disseram que seis pessoas ficaram feridas.

Segundo fontes do serviço de segurança, 15 combatentes do Fatah al-Islam morreram em Trípoli, onde o Exército restabeleceu o controle. Autoridades palestinas no campo disseram que 10 civis também foram mortos, e 50 pessoas ficaram feridas.

O Exército aumentou o controle ao redor do campo de Nahr al-Bared desde que autoridades acusaram quatro membros do Fatah al-Islam, todos de nacionalidade síria, de responsabilidade pelas explosões de dois ônibus em uma região cristã perto de Beirute, em fevereiro.

Em declarações feitas em Trípoli, o ministro Ahmad Fatfat, relacionou os combates ao que chamou de esforços para deturpar as ações da ONU para estabelecer um tribunal internacional de suspeitos do assassinato do ex-primeiro-ministro Rafik al-Hariri, em 2005.

Uma investigação conduzida pela ONU implicou a Síria e autoridades libanesas no assassinato de Hariri. Damasco nega envolvimento e qualquer ligação com o Fatah al-Islam que, de acordo com o seu líder, não tem elo organizacional com a Al Qaeda, mas concorda com seu objetivo de combater "infiéis".

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Fatfat disse ao canal libanês Future TV, pró-governo, que "alguém está tentando criar caos na segurança para dizer à opinião pública mundial: 'Vejam, se o tribunal for estabelecido, haverá problema de segurança no Líbano."

Estados Unidos, França e Grã-Bretanha circularam na semana passada uma proposta de resolução na ONU estabelecendo a corte de maneira unilateral. O julgamento é o centro da crise política no Líbano.