Um comboio de seis navios que transporta ajuda humanitária para os palestinos partiu para Gaza neste domingo (30), desafiando um bloqueio de Israel-Estados Unidos ao território empobrecido e advertências de que a carga será interceptada.
Os navios, liderados por uma embarcação turca com 600 pessoas a bordo, partiu de águas internacionais em uma região próxima ao Chipre, na tarde de domingo.
"Se tudo correr bem e não houver problemas ou interrupções de qualquer tipo, deverá chegar a Gaza por volta das 14 horas de segunda-feira, no horário local", disse Mary Hughes-Thompson, porta-voz do Movimento Gaza Livre, um dos organizadores.
Israel já informou que irá impedir que o comboio chegue a Gaza, governada pelo Hamas, um pedaço de território deserto que Israel tem bloqueado nos últimos três anos para impedir a entrada de armas e outros materiais.
Comandos navais israelenses realizaram treinos para a prática de embarque e busca em navios. Os ativistas enfrentam detenção e deportação. A carga deverá ser apreendida e examinada antes de uma possível transferência por Israel para Gaza, segundo militares israelenses.
A frota foi organizada por grupos pró-palestinos e uma organização turca de direitos humanos. A Turquia pediu a Israel que permita a passagem com segurança e afirmou que o comboio carrega 10.000 toneladas de ajuda humanitária.
A Turquia muçulmana é um dos mais próximos aliados de Israel no Oriente Médio, mas o relacionamento entre os dois países vem se deteriorando. O primeiro-ministro turco Tayyip Erdogan tem criticado frequentemente as políticas do Estado judaico em relação aos palestinos.
Israel e Egito fecharam as fronteiras vizinhas de Gaza após o Hamas, que rejeita o Estado judaico, ter dominado o território em 2007. A tensão na região se mantém elevada desde a devastadora ofensiva israelense em dezembro de 2008 e janeiro de 2009, em Gaza.
A população de Gaza, que conta com ajuda das Nações Unidas, sofre com a escassez de água e medicamentos.
Israel criou um campo de detenção de ativistas na cidade costeira de Ashkelon e disse que qualquer ajuda deve ser entregue avaliação antes de ser distribuída em Gaza através de canais aprovados por Israel.
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