Os líderes do Grupo dos Oito (G8, países mais ricos e a Rússia) começaram nesta sexta-feira (18) uma cúpula de dois dias na residência de descanso presidencial, nos arredores de Washington, na qual a crise da dívida na Europa, o programa nuclear iraniano e a tensão na Síria serão alguns dos grandes temas que os líderes abordarão.
O presidente americano e anfitrião da reunião, Barack Obama, deu as boas-vindas aos chefes de Estado e de Governo de Canadá, Stephen Harper; Japão, Yoshihiko Noda; Reino Unido, David Cameron; França, François Hollande; Alemanha, Angela Merkel; Itália, Mario Monti; e Rússia, Dmitri Medvedev.
Para três líderes, Hollande, Monti e Noda, é o primeiro G8, e Medvedev participa da reunião em representação do presidente russo, Vladimir Putin, que justificou sua inesperada ausência devido às intensas consultas que mantém para a formação do novo Governo, segundo as agências russas.
A cúpula começará com um jantar de trabalho, na qual os líderes repassarão vários dos temas mais quentes e críticos em matéria de Relações Exteriores.
Concretamente, os líderes das sete economias mais desenvolvidas e da Rússia analisarão os próximos passos a dar na Síria, onde a violência prossegue apesar da presença de uma missão de observadores da ONU, encarregados de verificar o cumprimento do plano de paz do enviado especial Kofi Annan.
O Kremlin antecipou nesta sexta-feira que se oporá à aprovação de uma declaração durante a cúpula que inclua "chamadas unilaterais" contra o regime sírio.
O G8 também preparará a segunda rodada de negociações do grupo 5+1 - os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (EUA, Rússia, China, França e Reino Unido) e Alemanha - com o Irã prevista para o dia 23 em Bagdá e que é liderada pela chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton.
Por sua vez, Noda pedirá aos outros líderes a cooperação para prevenir futuras provocações da Coreia do Norte, que em abril realizou um teste fracassado de um míssil de longo alcance, em um ato que foi condenado pela ONU e por grande parte da comunidade internacional, segundo a agência local "Kyodo".
Os líderes também analisarão os passos "positivos" que Mianmar (antiga Birmânia) deu com sua agenda de reformas e as tensões entre Sudão e Sudão do Sul, onde pretendem fazer "tudo o que estiver a sua disposição para evitar uma maior escalada de tensões", segundo fontes europeias.