Começou nesta sexta a busca submarina pela caixa-preta do Boeing-777 da Malaysia Airlines, cerca de quatro dias antes de o equipamento parar de emitir sinais, segundo a agência australiana que coordena as buscas.
Dois navios --o britânico com H.M.S. Echo e o australiano Ocean Shield--, que carregam instrumentos para rastrear sinais emitidos pela caixa-preta, percorreram juntos um total de 240 km hoje.
No total, nove navios e 14 aviões --dez militares e quatro civis-- participaram da busca em uma nova área do oceano Índico determinada ontem, com 217 mil km e situada a 1.700 km ao noroeste de Perth.
O Ocean Shield, que partiu para a missão na última terça-feira, tem acoplado o instrumento americano Towed Pinger Locator, que pode captar sinal da caixa-preta em até 6.100 metros de profundidade. Segundo a BBC, o local de busca tem profundidade de 2.000 a 4.000 metros.
Além disso, o navio levou também um drone submarino capaz de analisar em detalhes o solo do oceano em busca de destroços. O Bluefin-21 opera em até 4.500 metros de profundidade e percorre até 100 km por dia.
O primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, disse ontem que a busca é "a mais difícil na história da humanidade" e não garantiu que o avião será encontrado.A dificuldade, contudo, aumentará ainda mais na próxima semana, quando caixa-preta parar de enviar sinais, já que sua bateria dura cerca de 30 dias.
O voo MH370 decolou de Kuala Lumpur com 239 pessoas a bordo na madrugada de 8 de março com destino a Pequim e desapareceu dos radares civis da Malásia cerca de 40 minutos após a decolagem. Radares e satélites indicam que ele fez uma brusca mudança de rota e passou a viajar em direção ao oceano Índico, a oeste da Austrália, mas não há pistas que expliquem o que aconteceu.
Busca
O oficial australiano que coordena as buscas, Angus Houston, disse hoje que a procura por destroços na superfície vai continuar e que há "grande possibilidade" de encontrá-los.
Segundo Houston, a mudança da área de busca foi determinada "a partir de dados obtidos muito recentemente e que são os melhores dados disponíveis".
O local foi traçado com base em análises de dados de satélite e do comportamento do avião --nenhum destroço foi encontrado até agora.
"A área de maior probabilidade quanto a onde a aeronave pode ter caído é a área onde a busca submarina irá começar", disse Houston.
O primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, esteve em Perth, na Austrália, nesta semana para encontrar as equipes de busca.
"Fui informado sobre as dificuldades de uma busca como essa, como distância e clima", disse Najib.
Os parentes dos passageiros -- cuja maior parte era de chineses -- seguem frustrados com a falta de novidades no caso.
A Polícia descartou nesta semana que os 227 passageiros fossem responsáveis por um sequestro ou uma sabotagem, ou que sofressem de problemas psicológicos ou pessoais.
A investigação policial sobre a tripulação ainda continua.
- Buscas por avião da Malásia prosseguem, mas pessimismo cresce
- Submarino nuclear britânico se une à busca do avião desaparecido
- Austrália diz que busca pelo voo MH370 não tem limite
- Objetos recuperados no Índico não pertencem a aeronave desaparecida
- China cobra mais informações sobre avião desaparecido
Como a eleição de Trump afeta Lula, STF e parceria com a China
Polêmicas com Janja vão além do constrangimento e viram problema real para o governo
Cid Gomes vê “acúmulo de poder” no PT do Ceará e sinaliza racha com governador
Alexandre de Moraes cita a si mesmo 44 vezes em operação que mira Bolsonaro; assista ao Entrelinhas
Deixe sua opinião