A corrida à sucessão do chefe do partido conservador e primeiro-ministro David Cameron, que renunciou após o Brexit, deu largada oficialmente nesta quinta-feira (30).
Cinco candidatos se apresentaram, mas não o mais esperado, Boris Johnson, o líder da campanha pelo Brexit, que, para surpresa de todos, anunciou no final da manhã desta quinta-feira que não disputará a nomeação.
Esse anúncio foi feito duas horas depois de saber que seu aliado pró-Brexit e ministro da Justiça Michael Gove o “apunhalou” pelas costas ao se apresentar à disputa, não sem antes declarar que Boris não poderia assumir a liderança do país.
Theresa May
Theresa May, ministra do Interior, se manteve distante da guerra que abalou o partido conservador durante a campanha do referendo, e aparece como uma candidata de consenso na sucessão a David Cameron.
Eurocética declarada, Theresa May, de 59 anos, declarou, no início do ano, contra todas as probabilidades, que iria se manter fiel ao primeiro-ministro e defenderia a permanência do país na União Europeia.
Mas ela fez o mínimo, chegando até mesmo a defender uma limitação da imigração, tema favorito dos pró-Brexit.
Michael Gove
Aliado de Boris Johnson na campanha do referendo, o ministro da Justiça surpreendeu a todos ao anunciar sua candidatura nesta quinta-feira de manhã.
Intelectual e ambicioso, Gove, de 48 anos, foi o principal arquiteto da vitória do Brexit, depois de romper com seu amigo David Cameron que ele agora aspira a substituir como chefe de executivo britânico.
Ele justificou esta escolha “difícil”, alegando que o Reino Unido seria “mais livre, mais justo e mais forte fora da UE.”
Stephen Crabb
O ministro do Trabalho foi o primeiro a oficializar sua candidatura. Favorável à permanência na UE, Crabb indicou que não há a possibilidade de voltar atrás e que “não haverá um segundo referendo”.
Em um partido acusado de elitismo, o ministro de 43 anos, originário do País de Gales e criado por uma mãe solteira, pode tirar proveito de seu passado modesto.
Liam Fox
Campeão dos valores tradicionais dentro do partido conservador e eurocético notório, o ex-ministro da Defesa de 54 anos foi forçado a renunciar em 2011, após um escândalo sobre diversos conflitos de interesse.
O ex-médico, que já disputou a presidência dos Tories em 2005 contra David Cameron, é um estranho para o grande público, mas pode contar com o apoio nas fileiras de militantes.
Andrea Leadsom
A secretária de Estado de Energia, de 53 anos, anunciou sua candidatura no Twitter apelando a “tirar o melhor do Brexit”. A candidata, que trabalhou nas finanças, chamou os conservadores a celebrar a “independência” do Reino Unido após o anúncio dos resultados do referendo.
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