Começa nesta segunda-feira (2) em Barcelona (Espanha) a última rodada de negociação antes da Conferência das Nações Unidassobre Mudanças Climáticas, marcada para dezembro, em Copenhague. É a última tentativa de acordo para que os negociadores de 192 países cheguem a um texto enxuto e com mais chances de consenso para a reunião de dezembro.
Na rodada mais recente, em meados de outubro, em Bangcoc, na Tailândia, os diplomatas conseguiram reduzir o texto principal em mais de 100 páginas, mas a possibilidade de um novo acordo global robusto para complementar o Protocolo de Quioto ainda parece remota.
A negociação está travada em pontos como a definição de novas metas obrigatórias de redução de emissões de gases de efeito estufa para os países ricos e o financiamento de ações para que os países em desenvolvimento enfrentem as mudanças climáticas.
A inclusão do Estados Unidos que não ratificaram Quioto no regime de controle de emissões também é um dos pontos cruciais para o sucesso ou fracasso de Copenhague. O nível de ambição dos norte-americanos deve guiar a disposição de outros países ricos na definição de novas metas, o que põe em risco um acordo efetivo, já que país de Barack Obama ainda depende da aprovação de uma lei climática nacional no Senado.
A rodada de Barcelona, que vai até a próxima sexta-feira (6), vai ter que enfrentar o pessimismo. A ideia de um plano B para Copenhague é cada vez mais corrente e alguns negociadores já cogitam adiar para meados de 2010 a decisão sobre o novo acordo climático. Há ainda o interesse de alguns países em acabar com o Protocolo de Quioto, o que colocaria em risco as bases da negociação.
O secretário-executivo da Convenção da ONU sobre o Clima, Yvo de Boer, que chefia as negociações, acredita que em Barcelona ainda há chances de se chegar a um acordo justo e efetivo em dezembro. Temos apenas cinco dias para isso, para reduzir as opções e avançar nos textos de trabalho, mas estou convencido de que isso pode ser feito, afirmou Boer, segundo comunicado da ONU.
Na última semana, ministros de Estado estiveram em Barcelona para uma reunião extraordinária convocada pela ministra dinamarquesa do Clima e Energia, Connie Hedegaard. A anfitriã da reunião de Copenhague quer garantir que os diplomatas responsáveis pela negociação recebam orientação política clara a favor de um novo acordo.
A festa da direita brasileira com a vitória de Trump: o que esperar a partir do resultado nos EUA
Trump volta à Casa Branca
Com Musk na “eficiência governamental”: os nomes que devem compor o novo secretariado de Trump
“Media Matters”: a última tentativa de censura contra conservadores antes da vitória de Trump
Deixe sua opinião