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A Espanha deu início aos três dias de luto pelo acidente aéreo ocorrido na tarde desta quarta-feira (20) tentando identificar as 153 pessoas que morreram. Segundo o jornal "El Mundo", 37 cadáveres foram identificados.

O número de feridos internados é de 19. Na noite desta quinta-feira, dois deles estavam em estado "muito grave". Na manhã desta quinta-feira (21), o jornal "El País" divulgou que a situação de dois internados piorou e agora há no mínimo quatro pessoas correndo risco de morte. O avião levava 172 pessoas, segundo o site da empresa aérea Spanair.

De acordo com a agência Associated Press, a ministra do Fomento, Magdalana Alvarez, disse que o processo de reconhecimento pode demorar muitos dias já que alguns corpos foram inteiramente queimados e serão reconhecidos por exames de DNA.

O aeroporto de Barajas opera com normalidade, segundo informa o jornal espanhol "El País", depois de ouvir a Aeroportos e Navegação Aérea (Aena) e Magdalena Álavarez.

A ministra disse ainda que todo o complexo está em operação, inclusive a pista usada pela aeronave.

Luto e causas

Uma vigília silenciosa está programada para a noite desta quinta-feira (21) em Madri. Segundo a Associated Press, o rei e a rainha espanhóis planejam visitar o local onde os parentes aguardam informações sobre os corpos.

A empresa Spanair disse que não sabe as causas do acidente. Segundo o "El Pais", um dos motores falhou e pode ter causado o fogo durante a decolagem. A empresa confirmou que um MD-82 foi obrigado a fazer um pouso de emergência na noite de sábado por causa de problemas técnicos.

Existe a possibilidade de que o avião tenha saido da pista e se partido em dois já em uma região fora do aeroporto e isolada na cidade. Era a segunda tentativa do vôo de decolar. A primeira tinha sido abortada por motivos técnicos.

De acordo com o porta-voz da companhia aérea, o avião modelo MD-82 (leia mais aqui) passou por uma revisão geral em janeiro deste ano e encontrava-se em plenas condições mesmo com seus quase 14 anos de vôo.

O vôo era compartilhado com a companhia Lufthansa.

As empresas disponibilizaram um número telefônico gratuito para familiares que buscam informações sobre o acidente.

'Não ouvimos nada'

A acústica do Terminal 4 do aeroporto de Barajas, o maior e mais moderno da Espanha, impediu que os trabalhadores do local e os passageiros de outros vôos que se preparavam para embarcar ouvissem a explosão na hora que ocorreu.

"Só soubemos do que aconteceu quando a televisão noticiou, quando parentes nos ligaram para perguntar se estava tudo bem conosco. Vimos a fumaça, mas achamos que era algo pequeno, como os que de vez em quando há por aqui. Só depois percebemos que era sério desta vez", diz o vendedor português Roger da Silva, que há 11 anos trabalha em uma loja do free shop do T4. "A vida aqui dentro continua normal. Só diminuiu o número de clientes. Ninguém quer viajar em dia de acidente aéreo", completa.

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