Mar del Plata (EFE) A 3.º Cúpula dos Povos das Américas começou ontem no balneário argentino de Mar del Plata (400 quilômetros ao sul da Argentina) com o objetivo de discutir os problemas "reais" do continente e reunir mostras de repúdio à presença de George W. Bush na 4.ºCúpula das Américas, que será realizada na sexta-feira e no sábado, na mesma cidade. As discussões da chamada "contracúpula" começaram com a presença de integrantes de mais de 600 organizações sociais, sindicais e políticas da Argentina e de outros 20 países. "Tem gente do Canadá à Patagônia para construir alternativas às políticas neoliberais e ao pensamento único", disse o Prêmio Nobel da Paz de 1980, o argentino Adolfo Pérez Esquivel.
Ontem foram realizados debates sobre educação, sindicalismo, agricultura familiar, gênero, justiça e comunicação. Além disso, começaram os preparativos para a manifestação de repúdio à presença de George W. Bush, que deve chegar na sexta-feira a Mar del Plata, assim como boa parte dos líderes dos 33 outros países participantes.
Monumento
Em Havana, falando para o programa de tevê do ex-astro de futebol Maradona, o presidente Fidel Castro, que não foi convidado para a cúpula, disse que, se fosse Bush, não iria ao encontro. Vestindo uma camisa com a imagem de Che Guevara, Maradona, por sua vez, disse que integraria a marcha contra Bush, no dia 4. "Você merece um monumento", disse-lhe o cubano.
Desempregados e forças políticas de esquerda devem fazer sua própria concentração na sexta-feira em Mar del Plata, onde estão postados cerca de 9 mil policiais e militares.
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